Após o convite encaminhado por meio da Mesa Diretora, presidida pelo vereador Luiz Carlos Kramer, o médico e Coordenador da Urgência e Emergência do Hospital São Paulo, Dr. Rafael Modesti de Albuquerque esteve presente na Sessão Ordinária da última segunda-feira (16), para prestar esclarecimentos sobre o atendimento médico da Unidade do Hospital.

O convite foi motivado por uma série de reclamações da comunidade lagoense sobre o atendimento médico, amplamente discutida pelos vereadores na Sessão Ordinária da semana anterior (9).

Em um primeiro momento, o médico teve o tempo de 10 minutos para falar sobre o trabalho que está sendo realizado na Unidade de Urgência e Emergência, assim como na Ala Covid-19. Rafael explicou que assumiu a função há um mês e que é contratado de uma empresa terceirizada pela Fundação Araucária, a OrtoMed.

“Fui trazido de uma cidade vizinha, Tapejara, onde eu fiz a organização de urgência e emergência. Esse trabalho deu certo, rendeu frutos e recebi o convite para vir trabalhar aqui em Lagoa Vermelha”. O médico afirmou que tem o propósito específico de reorganizar a unidade de urgência e emergência, readequar os fluxos de atendimento para fazer um atendimento de qualidade à população.

Em relação aos atendimentos médicos que provocaram uma onda de reclamações na comunidade lagoense, Rafael informou que uma médica foi excluída da grande de plantonistas do Hospital, e a outra se comprometeu a um reajustamento de conduta.

O coordenador relatou uma realidade sobre meio médico em relação ao município de Lagoa Vermelha. “No ambiente médico, em off, ninguém quer vir trabalhar em Lagoa Vermelha”, declarou, explicando que o fluxo de pacientes é muito alto, comparado ao valor que é pago em outras realidades. “Preferem trabalham em cidades onde o fluxo é menor e o salário maior”, explicou, complementando que, ao readequar o fluxo em Lagoa Vermelha, essa realidade pode mudar.

Já, em relação às ações para melhoria no atendimento na Urgência e Emergência o coordenador relatou uma série de medidas. Dentre elas a atualização do quadro dos médicos plantonistas, em que ele também faz parte para readequar o serviço; a instituição de método de atendimento intitulado Protocolo Reverso, em que as Unidades Básicas de Saúde também são envolvidas no processo; e a divulgação de campanha para conscientizar a população a procurar os ESFs em casos mais simples.

Como sugestão para Lagoa Vermelha, Rafael Modesti mencionou o exemplo de Tapejara, onde uma Unidade de Saúde tem horário estendido, desafogando o atendimento da urgência e emergência. “Um ESF pelo menos, geral, vai receber o protocolo reverso, que acontece em Tapejara, por exemplo. Abre às 5 e vai até às 10 da noite e parece que vai até a meia-noite. E você pega a pessoa que está doente, mas foi trabalhar”, ilustrou.

Por fim, o presidente do Poder Legislativo, vereador Luiz Carlos Kramer, realizou perguntas objetivas com base em denúncias que recebeu da comunidade. O parlamentar perguntou sobre pacientes que são mandados para casa sem ter visto o médico. Em resposta, Rafael explicou que, após a classificação da Enfermeira Padrão na triagem o caso é discutido com o médico plantonista e, dependendo do caso, o médico não é obrigado a ver o paciente.

O vereador também perguntou sobre o número de consultas que o Hospital deve realizar em relação ao valor que é repassado pelo Município. “Hoje eu sei que são aproximadamente 4 mil atendimentos mês”, respondeu. Sobre a Ala Covid-19, em resposta a questionamento do presidente da Câmara, o médico Rafael informou que, juntamente com o Dr. Almir Araújo, são os dois responsáveis pelo atendimento, no momento.

Ao final, o presidente Luiz Carlos Kramer agradeceu a presença do médico e coordenador da Unidade de Urgência e Emergência do Hospital São Paulo e colocou o Legislativo à disposição, “sempre que o senhor necessitar, se dirija a esta Casa que nós estaremos aqui para ajudá-lo”.