Na última semana, moradores do bairro São Sebastião entraram em contato com a Tua Rádio Cacique para denunciar um paciente com tuberculose, que havia se recusado a fazer o tratamento e estaria colocando outras pessoas em risco. Para esclarecer o fato e desmistificar a doença infecciosa, o secretário da Saúde Eloir Morona e a coordenadora geral de Enfermagem, Gabriela Pomatti, concederam entrevista a emissora.

Morona explicou que a Pasta enfrenta desafios no tratamento de pacientes, especialmente dentro do Serviço de Atenção Especializada (SAE), que lida com doenças como o HIV/AIDS, a tuberculose e hepatites. Segundo o secretário, pacientes ligados ao consumo de drogas ou sem moradia fixa muitas vezes não concluem o tratamento. A "terapia de dispensação observada" é uma estratégia utilizada para reagir a casos de recusa ao tratamento.

A enfermeira Gabriela Pomatti reforça a importância de atenção a sintomas persistentes, como tosse, e ressalta que, após 15 dias de tratamento, o paciente não transmite mais a doença. Atualmente, Lagoa Vermelha conta com aproximadamente 10 pessoas em tratamento para tuberculose, que seguem corretamente o protocolo. O município dispõe de serviços de atendimento médico, controle mensal e tratamento da tuberculose, que tem duração mínima de seis meses. A população é orientada a procurar a sua Unidade Básica de Saúde ao perceber sintomas como tosse persistente, emagrecimento, sudorese noturna, falta de apetite e fraqueza. 

A enfermeira esclarece que, em casos de exposição à bactéria, um exame chamado PPD pode ser realizado. A testagem positiva não significa tuberculose, mas indica contato com a bactéria. O tratamento profilático (ILTB) é oferecido para prevenir o desenvolvimento da doença.