Corsan vai analisar pesquisa que mostra presença de agrotóxicos na água de Lagoa Vermelha
Uma pesquisa com base em dados de 2016 apresentou simazina acima do permitido
Uma pesquisa realizada na Escola de Saúde Pública, em Porto Alegre, trouxe à tona mais uma vez a discussão sobre a qualidade da água consumida em Lagoa Vermelha. A pesquisa foi feita pela engenheira química Juliane Pastorello Rubbo, que apresentou o estudo em um trabalho de conclusão de curso na Escola de Saúde Pública do Estado.
O estudo se baseia em laudos laboratoriais apresentados pelo próprio Sistema de Controle da Água no Rio Grande Do Sul, feito pela Vigilância em Saúde Estadual. Este estudo pegou dados de todas as bacias hidrográficas do Estado que têm as análises da qualidade de água feitas periodicamente.
Segundo as análises, no segundo semestre de 2016, foram detectadas na água de Lagoa Vermelha traços de ATRAZINA e SIMAZINA, que são agrotóxicos. De atrazina, foi detectada uma quantidade de 1,24 µg/L, sendo que o máximo permitido é 2 µg/L.
De Simazina, a quantidade encontrada foi de 2,19 µg/L, sendo que o máximo permitido também é 2 µg/L.
A Tua Rádio Cacique entrou em contato com a Corsan. Segundo o diretor José Aldoir Costa, a Companhia capta a água para análises e envia também amostras para a Vigilância em Saúde do município. A Corsan afirma ainda que não sabia do ocorrido, e que as análises feitas rotineiramente não apontavam problemas na água. Afirma também que já pediu uma resposta sobre o caso à Central do órgão em Porto Alegre.
A Vigilância Municipal em Saúde afirma que recebe os dados da coleta, e envia para o Sistema de Monitoramento da Água, que é da Corsan. Segundo o Coordenador da Vigilância Sanitária, Cristiano Lima, uma análise completa do estudo será feita. Ele afirma que providências somente serão tomadas após uma resposta da Corsan.
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