O mês de novembro é dedicado à conscientização, prevenção e combate a uma das doenças que mais acomete a população masculina: o câncer de próstata. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer, estima-se que quase 72 mil novos casos sejam diagnosticados em 2023 no Brasil, sendo que no Rio Grande do Sul, a cada 100 mil habitantes, 62 terão a doença neste ano. 

Denominada Novembro Azul, a campanha também busca reforçar a importância da realização de consultas médicas e exames de rotina para prevenção e detecção precoce de outras doenças nos homens, tais como câncer de intestino e de pulmão. Ainda segundo o INCA, mais de 300 mil casos de câncer em homens são registrados anualmente no país.  

A doença

A próstata é uma glândula que faz parte do sistema reprodutor masculino. O câncer ocorre em razão do crescimento desordenado de células, que formam um tumor maligno. Segundo o médico oncologista e integrante do Corpo Clínico do Hospital São Vicente de Paulo, de Passo Fundo, Dr. Felipe Thomé, alguns fatores contribuem para o desenvolvimento da doença, como idade superior a 60 anos e histórico de câncer na família. “Esses são os principais fatores que devem ser levados em conta, porém a má alimentação e a falta de atividade física contribuem não somente para o câncer de próstata, mas para o surgimento de outros problemas de saúde”, ressalta. 

Sinais de alerta e prevenção

Em muitos cenários, o câncer de próstata tende a se desenvolver de maneira silenciosa, progredindo sem manifestar sintomas ao longo da vida e representar uma ameaça à saúde do homem. Em situações distintas, no entanto, ele pode se expandir de forma acelerada e disseminar-se para outros órgãos. “Dificuldade e demora em começar e terminar a urinar, presença de sangue e necessidade de ir mais vezes ao banheiro de dia ou à noite são alguns sinais que não devem ser ignorados porque podem indicar algum problema urológico”, explica o médico. 

O especialista reforça, ainda, que todo homem deve realizar consultas de rotina e fazer um check-up anual a partir dos 40 anos de idade, pois isso contribui para a identificação precoce da doença. Se diagnosticada no início, o índice é de 90% de cura. “A prevenção e a adoção de hábitos saudáveis são sempre os melhores remédios quando o assunto é saúde. Por isso, consulte o seu médico e realize o seu exame de rotina”, conclui o Dr. Felipe.