HSP divulga manifestação de médico criticado em posts no Facebook
Mães demostraram descontentamento pela forma como seus filhos foram tendidos pelo profissional de plantão
Foto: Arquivo Tua Rádio
A direção do Hospital São Paulo (HSP) de Lagoa Vermelha tornou pública nesta segunda-feira, 14 de novembro, uma nota de esclarecimento prestada ao Conselho Municipal de Saúde, onde apresenta o relato de um médico do plantão, alvo de críticas por sua atuação. Mães de crianças atendidas por esse profissional foram às redes sociais para externar seu descontentamento pela forma como seus filhos foram recebidos.
Em um dos relatos publicados no grupo “>O grito da Lagoa”, no Facebook, uma mulher disse que sua bebê foi mal atendida. A criança havia caído e apresentava vômito, no entanto, segundo a mães, o médico não pediu exames e receitou Paracetamol.
“O tal médico não tocou nele, não perguntou absolutamente nada. Como meu filho tá passando por reeducação alimentar, por estar acima do peso, fez exames e deu alterado em relação a colesterol, expliquei ao médico ele simplesmente olhou já minha cara mandou eu tirar meu filho da dieta e dar a ele um xis salada que ele melhoraria, que pior que tá não iria ficar”, relata outra pessoa que também levou o filho ao plantão.
A direção do HSP informou que a equipe de trabalho estava completa e que no dia 12/11/2022, a urgência/emergência do hospital atendeu 104 pacientes, e no dia 13, outros 61 pacientes passaram pelo local. Segundo avaliação, as condutas médicas adotadas pelos profissionais não pareceram inadequadas, já que foram baseadas na autonomia médica.
Veja o que disse o médico:
"Quanto a questão da sugestão alimentar realizada ao garoto portador de obesidade grave. O mesmo estava com derreia a cerca de 3 dias após a instituição de dieta alimentar prescrita por nutricionista, composta por frutas e sucos o que estava provocando a diarreia no menor, sendo a diarreia, sem nenhum sinal de alarme que justificasse terapia medicamentosa no HSP. De pronto foi suspenso a dieta, orientado ingesta hídrica e orientado à mãe em primeiro dia útil procurar o responsável pela dieta, pois a mesma que estava causando a diarreia no menor. Não foi analisado exames solicitados por outro Profissional Médico Solicitante, pois segundo a mãe os níveis de colesterol do paciente estavam altos e não podemos instituir terapia continua na emergência pois não somos pediatras e nem os solicitantes dos exames. Ao ser questionado o que poderia dar de alimento para o menino, sugeri um lanche comum para crianças, mas não com intuito de denegrir ou menosprezar mãe e filho, minha intenção foi somente deixar o menino um pouco mais confortável em relação a dieta e por um dia somente consumir algo fora da dieta que lhe fizesse bem. Sugeri um lanche de forma descontraída, jamais desrespeitosa. Desde já me desculpo se soou mal o lanche que sugeri. Vale lembrar que o atendimento se deu por volta de 2 horas da manhã e estávamos com pacientes graves sendo conduzidos na emergência, como as mesmas redes sociais mencionam.
Quanto a Sra. que não recebeu sutura em seu dedo de membro inferior. Não foi verificado critérios para sutura de acordo com a conduta Médica e exame físico reafirmamos que não havia necessidade de sutura, devido a lesão ser somente superficial de pequeno tamanho, A mesma recebeu curativo compressivo e orientações de retorno. Paciente retornou com seu MÉDICO PARTICULAR, sendo que o mesmo adentrou ao hospital na manhã seguinte sem nenhuma identificação, sem haver solicitado ficha de atendimento, foi questionado pela equipe medica de plantão de quem se tratava, pois, o mesmo não se apresentou a equipe responsável pelo atendimento. Realizou 2 pontos no pé da paciente, segundo terceiros e não assinou a ficha de procedimento e simplesmente deixou o local, e ao que me consta sem pagar o procedimento, mesmo não estava escalado para plantão no HSP, portanto o atendimento se deu de forma particular e o mesmo saiu sem pagar.
Quanto a questão de outra criança com vómitos, novamente por critérios Médicos e conduta não foi solicitado exames. No julgamento clinico não seriam necessários para o momento a solicitação de tais exames
Temos notado que o Hospital está recebendo nos últimos meses uma grande quantidade de consultas que não são Urgências e/ou Emergências, e sim situações corriqueiras de vários dias, meses ou anos de evolução sem a menor gravidade e observamos isso numa simples análise de prontuários médicos diariamente. Pacientes são passados para consulta sem nenhuma urgência detectada, na maioria são pacientes clínicos que podem serem tratados nas diversas UBS do Município, mas são triados e passados por consultas com se fossem emergências, tumultuando e muito o sistema de saúde já congestionado”.
A diretora do HSP, Josiele Carlotto, se colocou à disposição da comunidade e pediu que as reclamações e sugestões sejam encaminhadas por meio da ouvidoria do hospital.
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