Mulheres adultas são maioria convivendo com HIV em Lagoa Vermelha
Baixar Áudio80% dos infectados têm idade entre 22 e 59 anos. Destes, 60% são mulheres.
Lagoa Vermelha registra cerca de 150 pessoas em tratamento para HIV, segundo o médico Antônio Fávaro, do Serviço de Atendimento Especializado (SAE). Esse número inclui pacientes em acompanhamento ativo. Estima-se que o total de pessoas infectadas possa chegar a 200, considerando a subnotificação e a dificuldade de diagnóstico precoce.
O município é referência para tratamento em 19 cidades da região, abrangendo pacientes que recebem acompanhamento e medicamentos gratuitos. A realidade local acompanha tendências estaduais, como o aumento de casos em mulheres heterossexuais com mais de 50 anos. Segundo Fávaro, o Rio Grande do Sul apresenta uma epidemia de HIV, especialmente em áreas metropolitanas.
Em Lagoa Vermelha, 80% dos infectados têm idade entre 22 e 59 anos. Destes, 60% são mulheres.
Embora não haja cura definitiva para o HIV, o avanço nos tratamentos é significativo. “Hoje, o objetivo é tornar o vírus indetectável no sangue, impedindo a transmissão e o agravamento da doença. Temos também medicamentos preventivos, como a PrEP e a PEP”, explicou o médico.
No entanto, desafios como o diagnóstico tardio e a falta de prevenção ainda preocupam. "Muitas pessoas só descobrem a infecção ao apresentarem sintomas ou após testes realizados por outros motivos", ressaltou Fávaro.
Conforme o profissional, a conscientização e a adesão ao tratamento são estratégias fundamentais para conter a propagação do HIV, garantindo qualidade de vida aos infectados.
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