Fumaça das queimadas impacta clima e saúde, alerta especialista da UPF
Baixar ÁudioProfessor recomendou o uso de máscaras, como as utilizadas durante a pandemia de COVID-19, para filtrar as partículas prejudiciais presentes no ar
Foto: Ricardo Silva/Tua Rádio
Nas últimas semanas, o Brasil tem registrado uma quantidade alarmante de queimadas, concentradas especialmente na região Norte e central, incluindo a Amazônia. Em entrevista à Tua Rádio Cacique, o professor Cleomar Reginatto, da Universidade de Passo Fundo (UPF), destacou os graves impactos ambientais e à saúde pública decorrentes desses incêndios. Segundo o especialista, além da destruição da vegetação, a fumaça gerada está se espalhando por diferentes regiões do país, tornando difícil, em alguns casos, diferenciar nuvens de chuva de nuvens de poluição.
Reginatto ressaltou que a vegetação, ao ser queimada, perde sua capacidade de regular o clima e absorver gases de efeito estufa, como o dióxido de carbono. “Isso agrava o aquecimento global e intensifica as mudanças climáticas", explicou. Além disso, a fumaça carrega gases tóxicos e partículas finas que podem prejudicar a saúde, especialmente de pessoas com problemas respiratórios. O professor reforçou a importância de medidas preventivas e de combate aos focos iniciais das queimadas, destacando que, embora a região Sul sofra menos com grandes incêndios, o clima seco e atípico aumenta o risco de focos menores na região.
Para minimizar os impactos da fumaça na saúde, o professor recomendou o uso de máscaras, como as utilizadas durante a pandemia de COVID-19, que podem ajudar a filtrar as partículas prejudiciais presentes no ar. Ele também sugeriu o uso de umidificadores em ambientes fechados.
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