Gravidez na adolescência: educação sexual correta é a principal maneira de prevenção
Baixar ÁudioA gestação precoce representa riscos à saúde da gestante e do bebê
Foto: Luiz Calderan/Tua Rádio Cacique
A Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência, discute anulmente, na primeira semana de fevereiro, sobre medidas preventivas e educativas que contribuam para a redução da incidência da gravidez na adolescência. Aborgadem do tema e a informação correta são ferramentas simples e eficazes que garantem o bem-estar dos adolescentes. Ouça a entrevista com as enfermeiras Ana Renata Toledo e Gabriela Pomatti.
Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), a adolescência abrange a faixa etária dos 12 aos 18 anos, estendendo-se até os 24 anos na chamada "adolescência tardia". O aumento significativo de gestantes adolescentes ressalta a importância de discutir abertamente a educação sexual, visando a redução desses casos.
PREVENÇÃO
A enfermeira e doutoranda em pediatria e saúde da criança, Ana Renata Toledo, falou que o município de Lagoa Vermelha enfrenta uma realidade preocupante, com aproximadamente 20 gestantes ainda na adolescência. Na entrevista, Ana atenta para a necessidade de conversar a respeito da educação sexual. "A desinformação sobre sexualidade é a principal causa da gravidez na adolescência. As famílias têm medo de iniciar uma conversa com os jovens porque pensam que isso vai gerar que eles iniciem a vida sexual muito precocemente. Mas muito pelo contrário. Os adolescentes necessitam que haja uma fala sobre sexualidade, sobre doenças sexualmente transmissíveis, sobre gravidez e prevenção".
A enfermeira Gabriela Pomatti exemplificou que a gravidez na adolescência impacta na continuidade dos estudos, levando à evasão escolar, e principalmente representa riscos à saúde da gestante e do bebê. "O corpo em desenvolvimento não está totalmente preparado para as transformações associadas à gestação. São muitas mudanças físicas e psicológicas na gravidez, e na adolescência".
A falta de apoio familiar, a ausência de responsabilidade por parte dos parceiros e as dificuldades socioeconômicas ampliam os desafios enfrentados por jovens gestantes. Muitas vezes, a falta de suporte resulta na não busca por pré-natal adequado, o que compromete a saúde da mãe e do filho.
A enfermeira Ana recomenda que, caso os pais sintam dificuldade em discutir esses temas, busquem orientação em Unidades Básicas de Saúde. Profissionais de saúde estão disponíveis para fornecer informações sobre sexualidade saudável, o uso de preservativos e anticoncepcionais.
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