Federação expõe situação das rede hospitalar filantrópica
Evento aconteceu nesta quarta-feira em Porto Alegre
Foto: Mayara Dalla Libera
Na manhã desta quarta-feira (6), na Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Assembleia Legislativa, a Federação das Santas Casas do Rio Grande do Sul recebeu espaço na Ordem do Dia para que o seu presidente, Francisco Soares Ferrer, apresentasse alguns esclarecimentos sobre os repasses do Governo Estadual para os hospitais filantrópicos. A manifestação, intitulada a “Verdade dos Hospitais” se fez necessária diante das informações prestadas pelo secretário da Saúde do RS, João Gabbardo dos Reis, em audiência pública, na comissão, no final do mês passado.
Ferrer relatou, durante sua apresentação, que a Federação é composta por 245 hospitais, com 65 mil trabalhadores, em 197 municípios gaúchos, o que corresponde 73% do atendimento ao Sistema Único de Saúde (SUS) no RS, sendo que 67,6% dos leitos destinados ao SUS estão nos hospitais da rede filantrópica. O presidente apontou ainda que são mais de R$ 140 milhões por serviços prestados que os hospitais têm a receber do Governo.
O deputado estadual Ronaldo Santini (PTB), como presidente da Frente Parlamentar de Apoio às Santas Casas e Hospitais Filantrópicos, informou que tem ouvido diariamente o clamor dos dirigentes hospitalares e representantes municipais sobre possibilidade de fechamento dos hospitais. “A realidade está aí sendo posta. Mas continuamos ouvindo de agentes do Governo que está tudo bem, que o Estado não deve nada e que os hospitais estão mentindo. Então eu questiono: será que todos os dirigentes hospitalares do Estado combinaram a mesma mentira, de forma coletiva, dizendo que a coisa tá ruim mesmo, levando alguns hospitais a falência? Eu me sinto envergonhado por vocês diretores de hospitais que trabalham e se dedicam às suas instituições”, comentou.
O parlamentar reforçou ainda sua insistência de passar a tratar o caso diretamente com o governador José Ivo Sartori. “Tenho reiteradamente tentado marcar uma agenda com o Chefe do Executivo Estadual para conversarmos sobre o assunto, na companhia de representantes hospitalares. Mas, por enquanto, está prevalecendo a blindagem”, concluiu Santini.
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