Outubro Rosa: mês da conscientização, cuidados e prevenção do câncer de mama
O momento também é de celebrar o fim do tratamento, como aconteceu com Ana Maria Baumgratz que nesta segunda-feira, 02, tocou o “Sino da Vida” do HSVP Passo Fundo
Você sabia que no Brasil 74 mil mulheres serão diagnosticadas com câncer de mama por ano até 2025? E que no Rio Grande do Sul, a cada 100 mil mulheres, 62 terão a doença neste ano? Os dados do Instituto Nacional de Câncer também apontam que o câncer de mama é o mais incidente na população feminina.
Cerca de 95% dos casos descobertos no início tem possibilidade de cura. Isso porque quanto mais cedo a doença for detectada melhores serão os resultados para a paciente. Essa é uma das reflexões que a campanha Outubro Rosa visa promover durante todo este mês, reforçando a importância do diagnóstico precoce para melhor eficácia dos tratamentos e diminuição das taxas de morte.
Fatores de risco
A médica responsável técnica do Serviço de Oncologia do Hospital São Vicente de Paulo, Dra. Gabriela Stella, afirma que o câncer de mama não tem uma única causa. Vários fatores podem contribuir para o aumento do risco de desenvolver a doença, tais como a hereditariedade - que corresponde a cerca de 10% dos casos - e comportamentais, ou seja, aqueles que são possíveis de modificar.
“Sabemos que o principal é ser mulher, mas um somatório de outros fatores podem aumentar a chance de ter a doença. Menstruação precoce, menopausa tardia, nunca ter gestado, exposição de longa duração a hormônios, dieta irregular, sedentarismo, obesidade e estresse de longo período são alguns deles”, afirma a médica.
Sinais de alerta
O câncer de mama pode ser detectado em fases iniciais em grande parte dos casos. Por isso, estar atenta a qualquer alteração suspeita na mama e consultar um profissional é fundamental. “Presença de nódulos, alteração na coloração da pele, secreção mamilar e retração do mamilo são alguns sinais de alerta que não devem ser ignorados”, reforça a Dra. Gabriela.
Prevenção
A prevenção envolve diversas medidas que podem reduzir o risco de desenvolver a doença. Adotar hábitos saudáveis e realizar exames preventivos são extremamente importantes. “Pratique atividade física, opte por uma alimentação saudável, mantenha o peso corporal adequado, não fume, evite o tabagismo passivo, amamente, realize avaliação médica regular e faça sua mamografia”, sugere a médica Gabriela.
SINO DA VIDA
O tratamento oncológico é difícil e muitas vezes doloroso. Nessa hora, toda manifestação de apoio e acolhimento é fundamental para a motivação da paciente. Neste mês, o HSVP, através do Núcleo de Cuidados Integrativos (NCI), inaugurou o “Sino da Vida” junto ao Serviço de Oncologia para comemorar a vitória e marcar um novo ciclo de vida dos pacientes que concluem o tratamento do câncer.
O sino foi estreado pela paciente oncológica Ana Maria Baumgratz, que foi diagnosticada com câncer de mama no fim de 2019, aos 39 anos. Visivelmente emocionada e muito feliz, ela afirmou que o ato de tocar o sino representa o começo de uma nova fase da vida. “É um sentimento de gratidão imensa a quem esteve ao meu lado enfrentando essa batalha e a todos os profissionais que me cuidaram nesse período. Eu ainda tenho muito a viver e sonhos para realizar. Estar aqui, hoje, representa a vitória - e isso não tem preço”, ressaltou.
Durante o tratamento, Ana precisou fazer quimioterapia, mastectomia e radioterapia e segue em consultas de acompanhamento. Atualmente, ela é enfermeira residente do Programa de Atenção ao Câncer do HSVP. Ter enfrentado a batalha contra a doença foi o que lhe motivou a seguir nessa área profissional. “Foi durante o tratamento que despertou em mim a vontade de trabalhar na área da oncologia. Eu fui muito bem atendida, acolhida e hoje me sinto grata por poder fazer a diferença na vida das pessoas que também estão passando por esse processo”, concluiu.
* Liliane Ferenci - Comunicação HSVP
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