Desde o início do ano, Sananduva já contabilizou 223 casos de dengue. A maioria das pessoas doentes se concentram em dois bairros do município. A situação preocupa as autoridades locais, pelos menos quatro dos infectados precisaram ser internados para tratamento dos sintomas.  

Conforme o coordenador sanitário da Vigilância Ambiental em Saúde de Sananduva, Estevan Ricardo Piveta, a proliferação do mosquito pode estar ligada à estiagem e a construção de cisternas. “Em anos anteriores, nós tivemos problemas de seca e fez com que o pessoal começasse a pensar em guardar água da chuva. Então o pessoal pegou caixas da água e construiu reservatórios. O que acontece hoje é que essa água da chuva está sendo um problema [...] como o município já está infestado pelo aedes aegypti, então teve o contágio e agora está ocorrendo a proliferação do mosquito e da doença”, explica.

Uma lei municipal foi editada para punir, por meio de multa, os cidadãos que não trabalham para eliminar os focos do mosquito. Equipes da prefeitura atuam na fiscalização e combate ao inseto. Conforme, Piveta, diante do registro da doença, os profissionais realizam a limpeza do terreno onde reside o infectado e a aplicação de inseticida.

Os sananduvenses doentes geralmente apresentam sintomas parecidos com os da gripe, como febre, dor de cabeça, dores abominas e náuseas. O principal alerta ocorre quando há sangramento na gengiva e dor abdominal intensa, já que o quadro pode indicar dengue hemorrágica. Ouça a entrevista e saiba mais.