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Trabalhadores de hospitais filantrópicos cogitam paralisação geral

por Luciano Andrade

Servidores cobram soluções por parte da Federação

Foto: Mayara Dalla Libera

Presidente da Frente Parlamentar das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos da Assembleia Legislativa, o deputado estadual Ronaldo Santini (PTB) reuniu-se com a Federação dos Trabalhadores e Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos para traçar estratégias em busca do diálogo sobre o reestabelecimento do pagamento dos programas de saúde e do acerto de contas definitivo com o Estado dos repasses atrasados.

O parlamentar ressaltou que existe uma preocupação com a sobrecarga de serviços, além da crise que afeta o setor das entidades filantrópicas. “A Federação das Santas Casas não consegue oferecer um reajuste salarial digno e condizente com a atividade do trabalhador. Já os trabalhadores ameaçam paralisação geral, o que é muito grave, porque, com certeza, o prejuízo será muito grande, em vista que vidas serão atingidas com esta medida”, apontou o deputado.

Por isso, o grupo busca uma agenda com o governador José Ivo Sartori, para que ele crie definitivamente uma nova linha de diálogo com as entidades. “Evitando assim, a ação de paralização, que terá ação direta contra a população”, acrescentou Santini.

Estiveram presentes na reunião, representantes do SINDIBERF (Sindicato dos Hospitais Beneficentes, Religiosos e Filantrópicos do RS), Sindisaúde Vale do Taquari, Sindisaúde Caxias do Sul, Sindisaúde Passo Fundo e FEESSERS (Federação dos Trabalhadores em Saúde do RS).

O presidente da Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos, Francisco Soares Ferrer, lembrou que os trabalhadores têm sido grandes parceiros, por manter o atendimento hospitalar, mesmo com tantas adversidades. “A nossa capacidade de resposta em relação ao pleito da reposição inflacionária não tem condições de ser atendida. Além disso, os hospitais convivem com uma dívida de R$ 1,4 bilhões, mas acreditam que se o Governo Estadual puder estabelecer um cronograma de pagamentos que seja factível e o cumprimento dos programas que assumiu, poderemos buscar de forma conjunta também uma ação que estabeleça através da União uma repactuação pelo menos dos incentivos”, expôs, dizendo que é necessário evoluir na relação com os colaboradores.

Milton Kempfer, presidente da FEESSERS, lembrou também das demissões que estão causando sobrecarga dos trabalhadores da saúde. “Neste período de frio, os hospitais estão lotados e não temos condições de pessoal para atender a todos. Também estamos lutando pela reposição salarial condizente com a inflação, pois a proposta que vem à mesa, não satisfaz a classe trabalhadora”, concluiu.

Ao final da reunião, o deputado se comprometeu em buscar uma agenda com o governo e o presidente da federação em reunir os hospitais em assembleia para avaliar o pedido de reajuste.

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