Grupo de senadores propõe eleições antecipadas para presidente
A proposta ocorreria paralelamente ao pedido de impeachment de Dilma Rousseff no Senado
Um grupo de seis senadores anunciou nesta segunda-feira, 18, que apresentará ainda esta semana uma proposta de emenda à Constituição para que sejam realizadas novas eleições presidenciais em outubro deste ano. A ideia dos senadores Walter Pinheiro (sem partido-BA), Randolfe Rodrigues (Rede-AP), João Capiberibe (PSB-AP), Lídice da Mata (PSB-BA), Paulo Paim (PT-RS) e Cristovam Buarque (PPS-DF) é que a proposta tramite paralelamente ao pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff no Senado.
O senador Paulo Paim, em entrevista concedida para o jornalista Evandro Fontana explicou sobre a ideia da proposta e a preocupação do grupo com o que acontecerá depois que a presidente for afastada e, se for o caso, definitivamente impedida pelo Congresso Nacional.
Assinaturas
O texto da PEC ainda está sendo construído e deve ser apresentado nesta quarta-feira, 20, quando o grupo começará a recolher as 27 assinaturas necessárias para que ela comece a tramitar.
Para conseguir apoio dentro do Congresso, a estratégia do grupo é conversar com todos os partidos políticos. Nessas conversas deve ser definido se a PEC vai propor um mandato tampão de dois anos, de modo que as eleições voltem ao padrão em 2018; um mandato normal de quatro anos, a contar a partir do ano que vem; ou um mandato de seis anos para emendar com as eleições gerais de 2022.
Além das 27 assinaturas para início da tramitação, a PEC precisará de 49 votos em cada um dos dois turnos de votação a que será submetida no Senado. Depois, ela seguirá para a Câmara dos Deputados, onde também será submetida a dois turnos de votação e precisará ser aprovada por três quintos dos deputados.
Ouça a entrevista em anexo.
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