Santini convoca audiência para esclarecer situação de fundos previdenciários
Na Comissão de Finanças, o presidente do Instituto de Previdência do Estado apontou que o déficit atuarial é de R$ 1,3 bilhões
Foto: Mayara Dalla Libera
Na manhã desta quinta-feira (15), ocorreu na Comissão de Finanças, Planejamento, Fiscalização e Controle da Assembleia Legislativa do RS, audiência pública com o objetivo de debater o Fundo Previdenciário (FUNDOPREV) e Fundo Previdenciário dos Servidores Militares (FUNDOPREV/MILITAR). A audiência foi requerida pelo presidente da Comissão, deputado Ronaldo Santini (PTB), a fim de obter uma radiografia da situação atual dos fundos.
Na oportunidade, o presidente do Instituto de Previdência do Estado do Rio Grande do Sul, gestor único do Regime Próprio de Previdência Social, José Alfredo Pezzi Parode, prestou esclarecimentos para o grupo, apontando um déficit atuarial de R$ 1,3 bilhões.
Santini lembrou que as classificações financeiras dos fundos têm apresentado rendimentos negativos há alguns meses, durante todos os anos desde a sua constituição – usando como exemplo o ano de 2013, que dos 12 meses do ano, sete foram negativos. “Foram encaminhados os Projetos de Lei 176 e 177/2016 que tramitam na Casa Legislativa em regime de urgência, trancando a pauta de votação a partir do dia 29 de setembro, criando o plano de amortização do déficit atuarial do regime financeiro e capacitação do regime próprio da previdência social dos servidores civis do RS, onde é apontado um déficit atuarial de R$ 1,3 bilhões a ser amortizado em 35 anos”, informou o parlamentar, dizendo que a conversação teve o objetivo também de discutir se o modelo dos Projetos de Lei resolve a situação dos fundos.
Ainda neste sentido, com o objetivo de amenizar a situação e os impasses, o presidente da Comissão de Finanças propôs a reapresentação da PEC 219/2011, para blindar o uso dos recursos dos fundos para meta de benefícios. “Trata-se da blindagem dos recursos deste fundo para que não ocorram saques por parte do Governo, mesmo que seja para investimento para o Estado. Dinheiro do fundo de previdência é para a previdência do servidor, não para outro fim, mesmo que seja para o desenvolvimento do Estado. O servidor não pode ser penalizado”, destacou Santini.
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