Em setembro do ano passado, foi determinada a cassação dos diplomas do prefeito Adair Barilli e do vice-prefeito Flávio Pitton, do município de Muliterno. A defesa de ambos recorreu e, neste mês, uma nova decisão foi proferida. O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) emitiu um parecer na semana passada, cumprindo a cassação. Ouça a entrevista. 

O promotor do Ministério Público do RS, Felipe Lisboa Barcelos, explicou que o resultado, embora ainda sujeito a recursos em Brasília, tem efeito imediato. A decisão retira Barilli e Pitton dos cargos, de prefeito e vice-prefeito, respectivamente, e os consideram inelegíveis. O tribunal já instruiu que o presidente da Câmara de Vereadores de Muliterno assuma a chefia do executivo municipal até o final do ano.

Com as eleições gerais se aproximando, não haverá uma nova eleição municipal isolada. O presidente da Câmara exercerá a função de prefeito interino. Inicialmente, a sentença de primeiro grau da comarca de Lagoa Vermelha reconheceu o abuso de poder econômico e a captação ilícita de sufrágio, caracterizada pela compra de votos, caixa dois e outras ações irregulares que desequilibraram a disputa eleitoral. O TRE corroborou essas acusações, incluindo o transporte irregular de eleitores, além da troca de favores por cargos políticos.