Bonotto diz que licitação alvo de processo gerou economia para o município
Baixar ÁudioPrefeito falou pela primeira vez sobre recepção de denúncia criminal sobre fraude e direcionamento de licitação
Foto: Arquivo Tua Rádio
A 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul (TJRS) acolheu denúncia contra o prefeito de Lagoa Vermelha, Gustavo Bonotto, e o vice-prefeito, Eder Piardi, acusados de fraudarem e direcionarem licitação em benefício da empresa Adeva, que ficou responsável pela gestão do aterro sanitário e coleta do lixo. Confiante de ter agido corretamente, Bonotto afirmou em entrevista à Tua Rádio Cacique, que o processo de licitação, alvo de investigação do Ministério Público, gerou economia de R$ 50 mil por mês ao município.
Antes da Adeva assumir os serviços, os trabalhos no aterro eram realizados por uma empresa do município, chamada Codesa. O prefeito disse acreditar que as denúncias, que geraram investigação e processo na Justiça, tenham motivação política. “Para nós, não é uma narrativa nova, a gente enfrenta isso há muito tempo, inclusive em outras esferas já tivemos essas acusações e elas versam de uma forma bastante circunstancial dentro de uma linha praticamente, para mim, ideológica, que é no sentido de que nós tínhamos uma empresa pública que prestava esse serviço e que nós fizemos intencionalmente um processo para a exclusão dessa empresa e contratação de um terceiro, o que não corresponde nem de longe com a verdade”
Bonotto também afirmou não ter recebido benefícios pessoais provenientes do processo licitatório vencido pela Adeva, e que a denúncia acolhida pelo TJRS não trata desse tema. “Não existe nada de indícios ou suspeitas sobre favorecimento pessoal para mim, para o Eder ou para qualquer servidor. Não existe qualquer indício ou suspeita em relação ao desvio de dinheiro público, isso não estamos sendo acusados. A pontuação é justamente em relação à interferência em processo licitatório e direcionamento de um processo de licitação para uma empresa [...] em outras palavras, nós estamos sendo acusados de termos escolhido a empresa Adeva”, explica o político.
Outro ponto abordado pelo prefeito de Lagoa Vermelha diz respeito a uma ligação telefônica realizada para a Adeva em que ele indica o nome de uma pessoa para vaga de trabalho na empresa. Bonotto disse que buscava empregar pessoa atendida pelo Caps, que passou por doença e precisava de trabalho. No entanto, conforme ele, a pessoa foi afastada pouco tempo depois e que isso não configura favorecimento próprio. Ouça a entrevista.
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