Vereadores de Lagoa Vermelha aprovam moção de repúdio contra presidente da Casa
Parlamentar criticam tratamento dispensado por Gabriel Vieira a servidores da Câmara
Na última sessão ordinária, realizada no dia 09 de outubro, foi apresentada no plenário uma Moção de Repúdio sobre a forma como o Presidente Gabriel Birnfeld Vieira vem tratando alguns funcionários e assessoras do Legislativo Lagoense.
O texto da Moção, que tem como autor o vereador Valdir de Biasi Pomatti e subscrito pelos vereadores Ariovaldo Carlos da Silva, Ranyeri Bozza e Joarez Lorenson, relata que é nítido o assédio moral que a Assessora do PTB, Taiz Reginini, vem sofrendo. "Após o vereador Gabriel Birnfeld Vieira ser eleito e assumir a Presidência da Câmara ficou evidente que alguns setores se afastaram repentinamente, chegando ao ponto de prejudicar o trabalho da servidora, pois nas atividades que exerce é de suma importância a convivência e diálogo com seus colegas".
Mostra-se inviável o desempenho de atividades simples e cotidianas da Casa do Povo com esse cerceamento de contato, podendo citar como exemplo a realização das reuniões das comissões, sessões ordinárias, projetos e pedidos de providência, indicação ou informação, que os vereadores subscrevem em conjunto", está descrito no documento.
Dentre os setores que fazem contato com a assessora Taiz, há relatos dos funcionários que em reuniões foram orientados a ter o mínimo contato com a assessora do PTB e não há dúvidas de que o afastamento destes servidores se deu unicamente em razão de cumprimento de ordens superiores.
O texto também questiona a atitude emanada por cargo superior de que as cadeiras dos setores deveriam ser retiradas, com intuito de que ali não se sentasse ninguém, novamente restringindo o contato entre colegas, bem como, dos vereadores que precisam de contato com os setores para produção de matérias jornalísticas e serviços da informática.
Os vereadores relatam na moção que é importante frisar que o assédio moral nem sempre se manifesta de forma explícita e diretamente a pessoa atingida, mas sim cerceando a convivência, intimidando, tratando com ignorância, coagindo e fazendo com que a vítima se sinta a intimidada, errada, abalando profundamente o psicológico e refletindo em atividades comuns do cotidiano, da forma como vem sendo feita nessa Casa Legislativa, sentindo-se a servidora humilhada e desrespeitada, precisando inclusive realizar acompanhamento médico e fazer uso de medicações após o início da prática abusiva.
Outra atitude relatada inclusive com provas, é que curiosamente no dia seguinte à sessão, o Presidente Gabriel realizou uma reunião com os assessores de bancada, solicitando que constasse em ata - nunca antes solicitada em reuniões entre os assessores - que não há desrespeito e tampouco perseguição e que em caso contrário, ele e o assessor jurídico da casa fossem procurados. Tal medida que não seria tomada, tendo em vista ele ser o próprio autor do assédio.
Desavenças pessoais ou políticas que possam vir a existir entre o vereador Gabriel Birnfeld Vieira com o vereador Valdir de Biasi Pomatti jamais poderiam resultar em retaliação contra a servidora da bancada ou qualquer outro funcionário da Casa Legislativa, eis que todos buscam desempenhar seus trabalhos da melhor forma possível, atendendo aos interesses das bancadas a que estão submetidos.
A Moção de Repúdio teve seis votos favoráveis através dos vereadores Valdir De Biasi Pomatti, Ariovaldo Carlos da Silva, Ranyeri Bozza, Joarez Lorenson, Ilson José Rodrigues de Jezuz e Marina Bussolotto, e três votos contrários dos vereadores Luiz Carlos Kramer, Josmar Veloso e Valdemar Merib de Chaves.
*Texto: Assessoria de Comunicação Câmara
Comentários