O vice-prefeito de Lagoa Vermelha, Eder Piardi (PP), foi novamente afastado de seu cargo pelo Ministério Público (MP) na manhã desta sexta-feira, 08 de abril. A medida atende solicitação da Procuradoria de Prefeitos do MP, que investiga possíveis irregularidades nos contratos firmados entre a Administração municipal e a empresa Adeva, no período de 2017 a 2019.

O presidente do Progressistas, Paulo Mantovani, explicou que na visão do MP, Piardi não deveria ter retornado à função depois do primeiro afastamento de seis meses, já que as investigações ainda não foram concluídas. Ele destaca que a troca do desembargador responsável pelo caso gerou confusão, e a volta antecipada à prefeitura, no que chamou de “atrapalho administrativo”.

“Não existe um fato novo, não existem novidades nessa investigação. O que se tem desde o início são suspeitas de algumas irregularidades, mas que estão sendo investigadas”, explicou Mantovani.

Eder Piardi disse ter ficado surpreso com a informação de que precisaria se afastar novamente da administração. Ele também voltou a afirmar que não cometeu crimes ou ilegalidades, e que tem sido condenado por adversários políticos, antes mesmo do fim das investigações. “Nos últimos seis meses, eu fui atacado covardemente por muitas pessoas. Eu vou chamar [eles] de abutres da sociedade”, lamenta.

Assim como aconteceu no passado, o vice-prefeito não poderá ter contato com o prefeito Gustavo Bonotto (PP) ou qualquer um dos investigados. Por isso, pediu aos secretários levarem à frente os projetos retomados por ele no último período.