Furto deixa ONG APIA sem água por dois dias, aumentando desafios para voluntários
Baixar ÁudioCom 50 cães abrigados, são necessários mais de nove mil quilos de ração por ano
A ONG APIA, dedicada ao cuidado de animais abandonados e maltratados, enfrentou um grave problema nos últimos dias após o furto de cerca de 30 metros de mangueira que fornecia água à sede da organização. Voluntários relataram a situação em uma entrevista à Tua Rádio Cacique neste sábado, 15/06.
Valdoir Freitas, Alessandra Teles e Iane Souza, voluntários da APIA, descreveram o incidente. "Chegamos lá e não tinha água. Achamos que fosse algum problema temporário que a Corsan estivesse resolvendo," comentou Valdoir. Após verificações, foi descoberto que a mangueira que descia água até a sede havia sido cortada e furtada. "Ficamos dois dias sem água até encontrarmos o problema," acrescentou.
A falta de água impactou diretamente os cuidados dos quase 50 cães que a ONG abriga. "Os cachorros ficaram sem água, o que gerou mais trabalho para os voluntários, que precisaram buscar água na cidade para abastecer a sede," explicou Valdoir. Alessandra Teles, que ajuda na limpeza da sede, enfatizou a dificuldade: "Ainda bem que cada uma de nós levou baldes cheios de água de casa."
Iane Souza destacou que o furto trouxe não apenas transtornos logísticos, mas também financeiros. "O recurso para repor o encanamento sai do nosso bazar e eventos beneficentes. Qualquer ajuda é bem-vinda," afirmou. A prefeitura de Lagoa Vermelha contribui com o pagamento da conta de água mensalmente, mas a ONG depende da comunidade para cobrir outros custos.
O problema foi rapidamente resolvido com a ajuda de um encanador, mas o incidente levantou preocupações sobre a segurança da sede. "Estamos considerando a instalação de monitoramento para evitar futuros problemas," disse Valdoir Freitas, que registrou o furto junto à Polícia Civil.
Além dos desafios diários, a APIA está organizando um jantar pegue e leve beneficente no dia 6 de julho, no salão da Gaúcha, para arrecadar fundos. "O cardápio será massa, galeto e maionese, ao preço de R$ 40," informou Valdoir. A ONG também precisa de doações de coxas sobre coxas, carvão, e outros ingredientes.
A ONG continua a procurar novos voluntários para ajudar nas tarefas diárias e adotar animais, principalmente os adultos que têm mais dificuldade em encontrar lares.
Interessados em ajudar podem contribuir com doações de ração, dinheiro ou tempo. "Gastamos cerca de 600 sacos (nove mil quilos) de ração por ano, e qualquer ajuda faz diferença," concluiu Valdoir.
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