A virada de ano em Lagoa Vermelha foi marcada por um número significativo de registros envolvendo animais assustados pelos fogos de artifício. A ONG APIA - Proteção Animal, representada por seu presidente, Valdoir Freitas, relatou inúmeros casos de fugas e acidentes, além de apelos da comunidade por medidas mais rigorosas contra a prática.

Freitas destacou a gravidade da situação: "Recebemos muitas informações sobre cães e gatos que fugiram [...] o impacto não se limita apenas aos animais, mas também afeta pessoas idosas, doentes e autistas." Ele também lembrou de casos mais graves, como o de uma cadela que morreu ao tentar escapar das grades no ano passado.

A legislação atual prevê restrições à soltura de fogos acima de 100 decibéis, mas a dificuldade de fiscalização ainda é um desafio. “A medição de ruído exige equipamentos específicos e planejamento prévio para monitorar os locais e horários da queima, o que complica a aplicação da lei”, explicou Freitas. Ele também mencionou que tramita no Senado uma proposta para endurecer as normas sobre fogos ruidosos.

Em relação ao número de animais perdidos e encontrados, Freitas afirmou que, embora não haja um levantamento preciso, os registros indicam uma quantidade expressiva. Além disso, alertou que a prática pode ser configurada como maus-tratos e acarretar multas elevadas.

Apesar disso, o presidente da APIA acredita que houve uma redução no volume de fogos em comparação a anos anteriores, refletindo maior conscientização da população. Ele reforçou o pedido para que as pessoas considerem os impactos negativos dessa prática e respeitem as leis.

Acesse a página da Apia para saber mais sobre os animais encontrados e que fugiram: https://www.facebook.com/ONGapia