Amunor prepara manifestação do “Movimento do Bolo”, dia 25 em Lagoa Vermelha
Prefeituras vão parar
Foto: Gustavo Oliveira
Prefeitos de municípios que integram a Associação do Nordeste Riograndense (Amunor), estiveram reunidos de maneira extraordinária na noite desta terça-feira (15) em Sananduva. Estiveram presentes os prefeitos de Lagoa Vermelha, Getulio Cerioli; de Tapejara, Seger Menegaz; de Sananduva, Antonio Roberto Caldato; de Tupancí do Sul, Genor Marcon; de Santo Expedito do Sul, Jair Mendes da Silva e de Água Santa, Jacir Miorando. O principal objetivo do encontro foi definir ações de enfrentamento à crise financeira que se abate sobre os municípios. Isso exige dos gestores municipais, tomada de decisões e medidas administrativas para combater a injusta partilha dos recursos tributários do país, onde a União fica com a maior parte, 57%. Os estados recebem 25% e os municípios ficam com apenas 18%.
Entre as ações definidas através na Assembleia Geral dos Prefeitos, realizada durante a Expointer, está a Mobilização do Movimento do Bolo Tributário e da Crise Financeira dos Municípios, a ser organizada pelas associações dos municípios, com o apoio da Federação dos Municípios do Rio Grande do Sul (FAMURS) e da Confederação Nacional dos Municípios (CNM).
Em forma de protesto, as prefeituras irão trabalhar durante todo o expediente com as luzes apagadas. Veículos de comunicação de toda região deverão acompanhar o movimento, a partir das 9h de sexta-feira (25). Às 11h, está previsto uma grande concentração de todos os prefeitos no Pórtico de entrada ao município de Lagoa Vermelha, junto à BR 285. Serão distribuídos panfletos e cartazes, visando conscientizar a população com relação aos problemas atuais. De acordo com a norma constitucional, 15% do orçamento deve ser aplicado na área da saúde. No entanto, os municípios em regra geral investem mais de 20%, ou seja, 25% a mais do que o estabelecido. Além disso, mantém subsídios do transporte escolar: para cada R$ 4 gastos, o município aplica R$ 3.
O presidente da Amunor Getulio Cerioli garante que o trânsito na rodovia não será interrompido. “Somos contra fechar BRs. Isso atrapalha a vida das pessoas. O que queremos é apenas demonstrar o quanto os municípios estão sendo prejudicados com a falta de repasse de verbas asseguradas constitucionalmente”, afirma.
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