À primeira vista o quadro é desolador. Barro, estradas bloqueadas e casas destruídas. Essas foram as descrições vistas e repassadas pelos servidores de Capão Bonito do Sul que saíram, na madrugada de quarta-feira (15), para uma missão. O momento é de solidariedade e ajuda na reconstrução dos cerca de 450 municípios gaúchos que sofreram e ainda sofrem com as enchentes. Dentre as cidades atingidas está Relvado, na região do Vale do Taquari, com cerca de dois mil habitantes de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), município “adotado” por Capão Bonito do Sul para ser auxiliado nesse recomeço.

A Administração Municipal enviou, além dos sete servidores municipais, mais dois caminhões caçamba traçados, uma escavadeira hidráulica de 22 toneladas, uma retroescavadeira 4x4, além de motosserra e ferramentas de mão. Será uma missão árdua e difícil, conforme relata o Secretário de Infraestrutura de Capão Bonito do Sul, que acompanha e realiza os trabalhos em Relvado, mas ele garante que a equipe está preparada e empenhada em ajudar na reconstrução do município escolhido para receber apoio. Serão cinco dias de trabalho onde os profissionais farão tudo o que estiver ao alcance de todos para o melhor resultado.

O prefeito municipal de Capão Bonito do Sul reforça ainda, que paralelo aos trabalhos em Relvado, segue a campanha de arrecadação de alimentos, roupas e produtos de higiene e limpeza, os quais serão separados e enviados, em breve, para algumas cidades. O Gestor Municipal saliente que, tanto o trabalho de ajuda inloco, nas cidades, como a campanha de arrecadação serão permanentes e é de extrema importância que todos ajudem, tendo em vista que nenhum município na região foi fortemente atingido pelas enchentes. É um gesto de compaixão e solidariedade ao próximo, frisou ainda.

O deslocamento de maquinário, equipamentos e servidores municipais se deu com base no Decreto 2023, de 13 de maio de 2024, que declara situação de excepcional intervenção humanitária no âmbito do município, visando colaborar com as ações de caráter solidário, prestando auxílio material e humano às áreas e moradores atingidos pelos desastres climáticos iniciados no final de abril de 2024. A ajuda humanitária corresponde a assistência material, logística, moral, legal e até mesmo de recursos humanos a serem destinados às cidades e à população atingida, visando o atendimento imediato das necessidades mais prementes, bem como na limpeza e recuperação da área danificada pelas enchentes e vendavais.