Mais duas lotações de ônibus chegaram ao acampamento do Movimento dos Sem Terra e dos Atingidos por Barragens, em Lagoa Vermelha. O acampamento, que iniciou na madrugada desta segunda-feira, com representantes de 500 famílias, começa ser fortalecido com mais integrantes dessas famílias.

A reportagem da Rádio Cacique esteve no local ocupado pelo MST e MAB, onde foi ouvida uma liderança do movimento que falou sobre a motivação da invasão, das projeções para o local e a afirmou que “parte da terra invadida não tem documentação”.

A área, pertencente à família Gazzola, tem 500 hectares e está localizada a dois quilômetros do Centro da cidade de Lagoa Vermelha. Com a ocupação os militantes denunciam a grilagem da fazenda e reivindicam a sua desapropriação para reforma agrária. “É uma terra arrendada, e quem hoje lucra com ela não é o dono”, afirma o coordenador do MAB, Arnaldo Pollo.

Os acampados no local são da própria região e a maioria é sem-terra expulsos pela construção de barragens.

A família proprietária da área foi procurada pela reportagem da Rádio Cacique, mas não quis se manifestar sobre o assunto. O advogado da família que está tratando do caso atendeu nossa reportagem, ele estava em viagem e disse que assim que estiver ao par da real situação vai se manifestar, o que deve acontecer nas próximas horas.