A Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) divulgou um balanço dos prejuízos no abastecimento de água, causado pelos eventos climáticos adversos. Segundo o Superintendente Regional da Corsan, Aldomir Santi, a situação foi crítica, especialmente em áreas onde os estragos foram mais severos. Ouça a entrevista.

Aldomir Santi relatou que a região do Planalto, compreendendo 70 municípios, enfrentou alagamentos, afetando principalmente poços artesianos e provocando quedas no fornecimento de energia elétrica. No entanto, ele ressaltou que os transtornos não foram tão intensos quanto em outras regiões, como a grande Porto Alegre e a região Central, onde os estragos foram devastadores. Santi disse que 11 sistemas de abastecimento de água da regional foram impactados, com alguns municípios enfrentando comprometimento parcial ou total do sistema.

Nas áreas costeiras do Alto Uruguai, o aumento do nível do rio provocou inundações, agravando ainda mais a situação. Em locais como Lajeado, onde a destruição foi total, a reconstrução das estruturas tem sido um desafio, exigindo improvisação e uso de geradores elétricos. O Superintendente destacou a complexidade do trabalho em meio às condições climáticas adversas, com terrenos escorregadios e difícil acesso. Ainda não é possível dimensionar completamente os estragos, uma vez que o foco principal está na recuperação do abastecimento de água para a população afetada.

Diante da imprevisibilidade das situações enfrentadas, a Corsan não pode estabelecer prazos precisos para a normalização do serviço nesses locais.