Amunor quer incluir PCHs da região no Plano Energético do RS
Encontro de prefeitos foi em São José do Ouro
Foto: Gustavo Oliveira
A reunião mensal da Associação dos Municípios do Nordeste Riograndense (Amunor), teve como sede a Câmara Municipal de Vereadores de São José do Ouro. O encontro ocorreu na tarde de sexta-feira (2), e fez parte da programação da Expo Ouro 2015 que encerrou neste domingo.
Um dos principais assuntos abordados foi o Plano Energético do Rio Grande do Sul 2016-2025. O diretor de Planejamento e Programas, engenheiro elétrico José Francisco Pereira Braga que atua junto a Secretaria de Minas e Energia, foi designado pelo secretario Lucas Reidecker para apresentar aos prefeitos, os objetivos do projeto.
Braga informou que o programa oferece um conjunto de diretrizes e propostas públicas para a área energética, comprometida com a incorporação de novas tecnologias a serem desenvolvidas no próximo decênio em várias regiões do estado. Além disso propõe a intensificação do uso de insumos energéticos renováveis e não renováveis, de forma regionalizada. Essas ações buscam viabilizar de forma otimizada, as necessidades energéticas dos setores residencial, comercial, industrial, rural e de transporte. A meta é concluir o Plano até o final deste ano.
De acordo com o presidente da Amunor e prefeito de Lagoa Vermelha, Getulio Cerioli uma pesquisa da entidade constatou que já há 16 rios da região cadastrados na Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), com potencialidades para implantação de Pequenas Centrais Hidrelétricas. Alguns municípios já possuem inclusive, análises de laudos em andamento na Fundação Estadual de Proteção Ambiental (PEPAM).
Cerioli destaca que outra demanda regional é o aumento da carga de energia com a expansão da rede trifásica. “Existe uma enorme perda de potencialidade de produção em nossa região, principalmente referente ao leite. Isso ocorre por que nós temos ainda um grande número de rede monofásica”.
A Amunor espera com otimismo, poder incluir suas reivindicações no Plano Energético do RS. Isso possibilitaria a condição de agilizar junto a ANNEL e FEPAM, o processo legal de implantação, como por exemplo, nos processos de inventários dos rios, com o devido apoio do Governo do Estado. Já o investimento financeiro, fica aberto ao interesse da iniciativa privada.
Para o prefeito Getulio, que já havia defendido e reforçado a ideia das propostas no RS 2030, esse avanço no desenvolvimento regional resultaria na prática em dois aspectos positivos: a estabilidade na estrutura energética que possui um alto custo no país e um ótimo retorno de ICMS aos municípios.
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