Na última semana, vídeos produzidos por moradores de Lagoa Vermelha mostraram uma água de coloração marrom saindo das torneiras, gerando preocupação na comunidade quanto à qualidade da água fornecida. A situação levantou questionamentos sobre a potabilidade e segurança do abastecimento de água na cidade. Ouça a entrevista. 

Em resposta aos relatos, o gerente institucional da Corsan Aegea, Aldomir Santi, falou que a empresa sempre seguiu rigorosamente os parâmetros estabelecidos pelo Ministério da Saúde, Secretaria da Saúde, agências reguladoras e vigilância sanitária, tanto municipal quanto estadual. Ele garantiu que a água fornecida pela Corsan é potável. Contudo, reconheceu que situações eventuais podem levar à coloração escura da água. "Pode ocorrer o desabastecimento por motivos como falta de energia, queima de um equipamento, rompimento de uma rede, entre outros, que acabam secando a rede de distribuição. Quando o abastecimento retorna, a velocidade da água e a pressão podem arrastar partículas presas na tubulação, gerando uma coloração escura".

Santi mencionou que durante reparos na rede, pode haver entrada de água com um pouco de turbidez. Para mitigar esse problema, são realizadas "eliminações" em pontos estratégicos, mas a água turva pode, por vezes, permanecer nos ramais das residências. "Mesmo com essa coloração escura, a água atende todos os parâmetros e pode ser consumida". 

A Corsan assegura que a estação de tratamento realiza diversos processos para garantir a qualidade da água, incluindo coagulação, decantação, filtração, desinfecção e fluoretação. Conforme Santi, também realiza cerca de 500 análises diárias da água, coletando amostras tanto na estação de tratamento quanto em pontos distantes da rede de distribuição.