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Escola Indígena de Ibiraiaras sofre com falta de estrutura física

Baixar Áudio por Airton Ferreira

Cerca de 125 alunos utilizam três salas de aula, de forma parcial

Foto: Divulgação

Repetindo o cenário da pandemia, durante todo o ano de 2022, a Escola Indígena de Ensino Fundamental Monte Caseros, da Aldeia Indígena de Ibiraiaras, funcionou de forma remota. O motivo foi a queda de um pinheiro, no mês de janeiro de 2022, que provocou danos na estrutura da instituição, levando-a parcialmente a interdição. 

Conforme o diretor Ismael Minozzo, a retomada das aulas presenciais, de forma parcial, aconteceu apenas agora em junho de 2023.  Segundo ele, são cerca de 125 alunos que utilizam três salas de aula. 

"Não pudemos retornar na presencialidade após a pandemia e iniciamos esse ano letivo de 2023 na mesma situação. Porém nós tivemos, graças ao Projeto Agiliza 2023, um investimento de R$ 25 mil na escola, que foi possível reformar o espaço interditado e, a partir disso,  do dia 20 de junho, retornar com o atendimento presencial aos alunos, mas de uma forma parcial, porque temos apenas três salas de aula disponíveis e quatro turmas em cada turno de funcionamento da escola. Hoje, contamos com 125 alunos matriculados, do pré A ao 9º ano, e não conseguimos dar conta de atender a todos. Estamos aguardando o investimento, por parte do Estado, nas salas de aula modulares. O que sabemos até então, é que a empresa que vai fornecer os contêineres, para que essas salas sejam montadas na escola (enquanto não temos a construção do edifício novo), já foi selecionada. Mas está no processo de assinar o contrato. Então, por enquanto, estamos trabalhando dessa forma. Os alunos estão sendo atendidos presencialmente nas três salas de aula, porém de uma forma escalonada, já que nem todas as turmas tem salas disponíveis", disse. 

O diretor explica que a justificativa do governo do Estado para a solução do problema é travada na questão burocrática. Ele diz que o sentimento é de esperança e ainda pede paciência por parte da comunidade escolar.

"A resposta que obtivemos é a mesma de sempre: o problema trata-se da  burocracia.  Não sei se é uma utopia ou o quê, mas nós professores sempre temos esperança. Somos teimosos em permanecer na nossa profissão, apesar de que a sociedade de uma forma getal não reconhece a nossa importância. A expectativa que tenho, seja ela utopia ou não, é a esperança de que dias melhores virão e que a nossa realidade mude. Que tenhamos uma escola digna para atender aos nossos alunos e à nossa comunidade. Para a comunidade escolar, pedimos um pouco de paciência ainda. Torcemos para que surja a solução de imediato para a escola. Sabemos que essas questões não dependem exclusivamente de nós, mas de alguém que está acima de nós e, infelizmente, não temos o que fazer. É difícil lutar contra um sistema que sempre utiliza a burocracia como desculpa para não fazer aquilo que devem realmente fazer", finaliza. 

Não há uma data definida nem para a entrega dos contêineres, nem para a construção da nova escola.

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