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Encontro Estadual sobre o Programa TEAcolhe reúne 400 participantes em Passo Fundo

por Rudimar Galvan

Método inovador para avaliação de crianças de dois anos e meio a 12 anos foi apresentado no evento

Encontro ocorreu na Universidade de Passo Fundo
Foto: Divulgação/Neemias Freitas/Ascom SES

Foi realizado nesta sexta-feira (27/9) o Encontro Estadual do Programa TEAcolhe, na Universidade de Passo Fundo (UPF). O evento reuniu cerca de 400 participantes, que atuam no programa em todo o Estado.  

Voltado para pessoas com Transtornos do Espectro Autista (TEA), o programa foi criado pelo governo do Estado para atendimento especializado, intersetorial e multidisciplinar às pessoas com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) e suas famílias no Rio Grande do Sul. Conta com Centros Macrorregionais (CMR), Centros Regionais de Referência (CRR) e Centros de Atendimento em Saúde (CAS).    

“Passo Fundo e região são referências na implantação do TEAcolhe”, disse a secretária da Saúde, Arita Bergmann, na abertura do evento. Arita ressaltou a importância de ter sido desenvolvida na região a Escala Mini-TEA, um método inovador de avaliação da possibilidade de TEA em crianças de dois anos e meio a 12 anos. O método foi criado pelo professor e pesquisador da UPF Cassiano Forcelini e aplicado na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Passo Fundo, onde funciona o Centro Regional de Referência em TEA (CRR 17).  

O método até então utilizado para triagem, chamado de M-CHAT, é mais adequado para a avaliação de crianças entre 16 e 30 meses. Após essa idade, apenas especialistas poderiam avaliar a possibilidade de TEA – o que acaba levando, em um contexto de limitação de profissionais capacitados, a um grande número de crianças à espera de avaliação. 

A Escala Mini-TEA usa um questionário composto por 48 perguntas, com respostas “sim” ou “não”, direcionado aos familiares das crianças. O resultado gera um escore com alta capacidade de detecção de TEA, sendo de fácil utilização e podendo ser aplicado em apenas dez minutos. Um estudo realizado com todas as 474 crianças do município de Coxilha entre março e setembro deste ano levou à identificação de 16 casos. 

Forcelini ressaltou que os indicadores estão em linha com dados de um estudo realizado nos Estados Unidos, que apontam um caso de TEA para cada 36 crianças. Em Coxilha, houve um resultado positivo de TEA para cada 30 crianças.   

Novos centros  

Arita também anunciou a implementação de 30 novos Centros de Atendimento em Saúde (CAS) no Estado em 2025. Segundo a secretária, estão previstos R$ 70 milhões no orçamento do ano que vem para financiar os novos CAS. A localização ainda não está definida. “Queremos rever inclusive o custeio em função da importância da demanda e da qualificação das equipes técnicas”, disse. 

*Ascom SES/ Secom

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