Psicóloga com longa trajetória no apoio de crianças com dificuldade de aprendizado, Helena Argenta passou a prestar seus serviços de maneira gratuita para alunos que vem de famílias em vulnerabilidade social. Ativista dos direitos dessas crianças, a profissional também busca na Justiça a retomada de programas que beneficiem os jovens estudantes, como o Centro de Atendimento ao Educando (CAE).

Instituído em Lagoa Vermelha no ano de 1977, o CAE era composto por uma rede multidisciplinar que contava com professoras, odontólogas, médicos, enfermeira e psicóloga. Quando fez parte do grupo, Helena chegou a realizar 1.200 atendimentos em um ano.

O programa foi encerrado depois que o Estado determinou que os atendimentos de saúde deveriam ser prestados pelos municípios. “Eu nunca imaginava a escola sem psicólogo”, recorda.

A partir daí os atendimentos fornecidos pelas escolas para crianças com dificuldades de aprendizado se concentraram nas Salas de Recurso. Helena elogia o trabalho realizado nesses espaços, mas afirma que apenas uma pequena parcela dos estudantes é beneficiada.

No tempo do CAE, todos os estudantes passavam por avaliação. Nos casos em que se fazia necessário, os alunos eram encaminhados para oftalmologista, otorrinolaringologista e até mesmo neurologista. Hoje, de acordo com a psicóloga, atendimentos como esses levam muito tempo.

Conforme explica, a viabilidade da retomada da rede do CAE dependeria dos gestores municipais. Ouça a entrevista e saiba mais.

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