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Sindilojas se manifesta a respeito das negociações do dissídio

Baixar Áudio por Ricardo Silva

Vendas frustradas e a diminuição da demanda econômica são fatores que impactam a capacidade dos lojistas de oferecer um aumento salarial maior

Foto: Luiz Calderan/Tua Rádio

A Tua Rádio Cacique abordou recentemente o tema do dissídio dos trabalhadores do comércio de Lagoa Vermelha, conversando com o sindicato dos comerciários. Nesta terça-feira, 23/07, o foco se voltou para o sindicato patronal, o Sindilojas. Em entrevista ao programa Temática, a presidente do Sindilojas, Dalva Pietta, e o advogado do sindicato, Emerson Luiz Rodrigues, discutiram os principais pontos de negociação.

Dalva explicou que o processo de negociação tem sido difícil, com tentativas de acordo ainda em andamento. "Fizemos algumas tentativas, colocamos nossas pautas, mas não chegamos a um acordo. Estamos abertos para tentar mais uma vez, pois acreditamos que as duas entidades devem falar a mesma linguagem e caminhar juntas," afirmou.

A principal questão em debate é o percentual de reajuste salarial. O advogado Emerson Luiz Rodrigues esclareceu que, embora a atualização salarial já tenha sido realizada com base no INPC de março de 2024, os sindicatos ainda discutem o ganho real. "A proposta do sindicato dos comerciários foi de 4%, mas precisamos considerar também os interesses dos lojistas," disse Rodrigues. Ele destacou que as vendas frustradas e a diminuição da demanda econômica são fatores que impactam a capacidade dos lojistas de oferecer um aumento salarial maior.

Outra proposta em negociação é a abertura do comércio nas tardes dos dois últimos sábados de cada mês, de forma facultativa para lojistas e trabalhadores, com pagamento de horas extras a 100%. "Essa prática já é comum em cidades vizinhas e pode beneficiar tanto comerciantes quanto consumidores," explicou Dalva.

Em relação ao auxílio-creche, a proposta do Sindilojas é fornecer o benefício para um dos pais, caso ambos trabalhem no comércio local, mediante comprovação de utilização de creche privada quando não atendido pelo setor público.

Outro ponto de discussão é a multa estabelecida em caso de descumprimento de acordos, atualmente estipulada em R$ 5.000,00 por funcionário. "Acreditamos que esse valor é alto e propomos discutir a redução da multa para 5% do salário do colaborador," explicou Rodrigues.

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