Piquete 35 em Canguçu para o acendimento da Chama Crioula
Cavalgada de mais de 500 quilômetros trará a Chama para a 8ª Região Tradicionalista
A cidade de Canguçu sedia neste sábado, dia 13 de agosto, a 73ª Geração e Distribuição da Chama Crioula do Rio Grande do Sul. Após o acendimento, haverá a condução para todas as regiões tradicionalistas do estado. Canguçu foi o vigésimo segundo município emancipado no Rio Grande do Sul e atualmente conta com 56 mil habitantes.
O Piquete 35 de Lagoa Vermelha, que tradicionalmente busca e distribui a Chama Crioula para a 8ª Região Tradicionalista, realizará mais uma Cavalgada, para a condução da mesma. Os integrantes do Piquete iniciaram a viagem ainda na quinta-feira, e desde ontem (12.08) participam das atividades em Canguçu. Na noite desta sexta-feira realizaram o tradicional churrasco de Lagoa para vários convidados, que visitaram seu acampamento.
A Chama Crioula percorrerá as 30 Regiões Tradicionalistas, carregada por grupos de cavaleiros, que espalham, pelos 497 municípios, o fogo em símbolo da coragem, a união dos povos e o sentimento telúrico do gaúcho pelas suas tradições.
Neste sábado, foi feita a distribuição da centelha para cada agrupamento regional, ou de fora do estado, em uma cerimônia preparada especialmente para este momento. Antes de partir, para as respectivas regiões, as comitivas desfilarão pelo centro de Canguçu.
A Chama Crioula
Próximo da meia-noite do dia 7 de setembro de 1947, os jovens João Carlos Paixão Côrtes, Fernando Machado Vieira e Cyro Dutra Ferreira, aguardavam junto à Pira da Pátria, montados em seus cavalos. Naquela época, a Pira da Pátria ficava no Parque Farroupilha (Redenção), nas proximidades da Av. João Pessoa, esquina com a Rua Luiz Afonso e o Colégio Júlio de Castilhos.
No momento da extinção do Fogo Simbólico da Pátria, os jovens foram chamados para a retirada da centelha, conforme haviam acordado com a Liga Da Defesa Nacional. Paixão subiu em uma escada com o archote improvisado, feito de cabo de vassoura, envolto por estopa embebida em querosene, presa por arames, e acendeu solenemente aquela que seria eternizada na história como a primeira Chama Crioula.
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