Tabajara Ruas: O patrono da Feira do Livro de Lagoa Vermelha encanta os leitores
“A literatura tem o poder de transformar”
Foto: Diego Girardi.
Marcelino Tabajara Gutierrez Ruas, nasceu em Uruguaiana em 1942. Estudou arquitetura na UFRGS e em Copenhage estudou cinema também na Dinamarca. Exilado, viveu entre 1971 e 1981 no Uruguai, Chile, Argentina, Dinamarca, São Tomé e Príncipe e Portugal.
Participando da Feira do Livro de Lagoa Vermelha está encantando a população e os participantes da Feira do Livro pelo carisma, simplicidade e acessibilidade.
Ouça entrevista concedida à Rádio Cacique:
Conheça mais sobre Tabajara Ruas.
Literatura
Tabajara Ruas publicou no Brasil seis romances: A região submersa, O amor de Pedro por João, Os varões assinalados (considerado um dos trinta melhores livros dos últimos 30 anos por Zero Hora), Perseguição e cerco a Juvêncio Gutierrez (personagem-título considerado um dos 20 melhores do século XX na literatura gaúcha por Zero Hora), Netto perde sua alma (Troféu Açorianos de melhor romance/1996) e O fascínio.
Também é autor de ensaios: Mario (com Armindo Trevisan e Dulce Helfer), A cabeça de Gumercindo Saraiva(com Elmar Bones), Solar dos Câmara, RS: caminhos, luzes e sombras; livro de crônicas: Um Porto Alegre; quadrinhos: História de Curitiba, A guerra dos Farrapos (ambos com Flavio Colin), História/Histórias de Porto Alegre (com Edgar Vasques e Liana Timm); os folhetins A segunda existência de Terry Lennox, 1835: A grande epopéia, O labirinto invisível; traduções do dinamarquês de textos infantis: O patinho feito, As novas roupas do imperador, O intrépido soldadinho de chumbo (de Hans Christian Andersen) e da peça: Vamos transar? (do Grupo Rodemor).
No exterior publicou os romances A região submersa (Dinamarca e Portugal), Perseguição e cerco a Juvêncio Gutierrez (Colômbia e Uruguai), Netto perde sua alma (Uruguai e Portugal), O fascínio (Uruguai e Portugal), A cabeça de Gumercindo Saraiva, El cerco (Uruguai), Frontera (Chile), Garibaldi e Rossetti (Itália).
Cinema
Atuando no cinema desde 1978, Tabajara Ruas trabalhou em diversos projetos, todos várias vezes premiados. Dirigiu juntamente com Beto Souza o longa-metragem Netto perde sua alma (2001), vencedor de 14 prêmios em festivais nacionais e internacionais de cinema: Melhor filme, melhor música, melhor montagem e prêmio especial à produção no Festival de Gramado; Melhor ator para Werner Schünemann e melhor direção de arte no Festival de Brasília, 2001; Melhor fotografia no Festival de Huelva, na Espanha; Melhor roteiro, melhor ator coadjuvante para Sirmar Antunes, melhor direção de arte e Troféu Gilberto Freyre no Festival de Recife; Melhor diretor estreante e melhor música no Festival de Trieste, Itália.
Participou dos longas Kilas, o mau da fita, de José Fonseca e Costa/1978/Portugal (roteiro), Um S marginal, de José Caetano/1978/Portugal (assistência de direção), Anahy de las Misiones, de Sérgio Silva/1997 (roteiro final),Concerto campestre, de Henrique de Freitas Lima (roteiro), Oeste, de Chico Faganello (roteiro).
É autor do roteiro da minissérie Garibbaldi in America (Laz Produções/1998), do roteiro do longa Perseguição(com Ligia Walper/1997), de A antropóloga (de Zeca Pires/2002). Em curtas-metragens trabalhou em Paulo e Ana Luiza em Porto Alegre, de Rogério Ferrari/1998 (roteiro), Manhã, de Zeca Pires/1989 (roteiro), Ilha, de Zeca Pires/2001 (roteiro), O dia em que Dorival encarou a guarda, de José Pedro Goulart e Jorge Furtado/1987 (argumento), Duelo, de Jaime Lerner/1998 (argumento).
Tabajara Ruas foi escolhido como um dos dez melhores escritores da literatura gaúcha. Durante a edição da 47ª Feira do Livro de Porto Alegre/RS 2001, Tabajara Ruas recebeu o Prêmio Erico Veríssimo, concedido pela Câmara Municipal de Porto Alegre, pela importância e relevância do conjunto de sua obra. Tabajara vive entre Florianópolis e Porto Alegre e está preparando novos projetos.
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