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Entenda impactos de julgamento do STF sobre correção do FGTS

Baixar Áudio por Ricardo Silva

Correção de índice pode aumentar ganho de trabalhadores

Advogado especialista em Direito Tributário, Luiz Fernando da Rosa, falou à Tua Rádio Cacique
Foto: Ricardo Silva/Tua Rádio

O Supremo Tribunal Federal (STF) adiou para 8 de novembro o julgamento da ação que discute o índice de correção a ser aplicado nas contas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). A retomada da análise do caso estava originalmente agendada para 18 de outubro, mas foi reagendada após uma reunião entre o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, e o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

O FGTS, Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, é um direito social garantido aos trabalhadores, conforme previsto na Constituição Federal. Ele funciona como uma poupança forçada, destinada a assegurar a manutenção do trabalhador no caso de demissão sem justa causa. Os empregadores são obrigados a depositar mensalmente 8% do salário do trabalhador em uma conta vinculada ao FGTS, gerida pela Caixa Econômica Federal.

A discussão no STF gira em torno do índice de correção monetária aplicado aos valores depositados no FGTS. Quando criado, o FGTS previa uma correção anual de 3% mais a Taxa Referencial (TR), que era um índice oficial de correção. No entanto, a TR sofreu reduções drásticas ao longo dos anos, chegando próximo a zero.

A ação, em tramitação desde 2014, busca substituir a TR por índices mais justos, como o INPC ou o IPCA, que refletem melhor a inflação. A mudança garantiria que os saldos do FGTS não perdessem poder de compra ao longo do tempo.

A ação foi proposta pelo partido Solidariedade em 2014, mas a discussão é anterior. Outros julgamentos ocorreram, porém, não tiveram o alcance necessário. A decisão do STF terá repercussão geral, o que significa que afetará todos os brasileiros.

Possíveis Impactos da Decisão

Caso o STF decida pela mudança na correção do FGTS, os trabalhadores poderão resgatar um valor mais próximo do que foi depositado, com correções monetárias justas. A decisão é vista como uma forma de proteger o poder de compra do trabalhador ao longo do tempo.

Entretanto, a mudança também gera debates sobre os possíveis impactos financeiros para o governo. Estimativas apontam uma defasagem de cerca de R$ 720 bilhões.

Ouça a entrevista com o advogado especialista em Direito Tributário, Luiz Fernando da Rosa, e saiba mais.

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