Mesmo com vinda da unidade móvel, doações no Hemocentro ainda são essenciais
Baixar ÁudioNa unidade móvel, apenas dois dos quatro hemocomponentes são aproveitados
A Unidade Móvel do Hemopasso, ligada ao Hemocentro Regional de Passo Fundo, estará em Lagoa Vermelha no próximo sábado, 23 de setembro. Esta é uma oportunidade valiosa para a comunidade local contribuir com doações de sangue, mas a responsável pelo setor de captação do Hemopasso, Alexandra Mazzoca, destaca a importância de continuar as doações diretamente no hemocentro.
A Unidade Móvel tem desempenhado um papel significativo em aproximar os doadores do Hemocentro, facilitando o processo de doação de sangue. No entanto, há diferenças cruciais entre as doações na unidade móvel e no hemocentro que impactam diretamente a qualidade e a quantidade de componentes sanguíneos disponíveis para atender pacientes.
Enquanto na unidade móvel é possível produzir apenas dois tipos de hemocomponentes, concentrado de hemácias e plasma, o Hemocentro Regional de Passo Fundo é capaz de produzir quatro tipos, incluindo o crioprecipitado e as plaquetas. Esta diferença é vital, pois pacientes oncológicos, que representam uma demanda crescente, frequentemente necessitam de plaquetas em seus tratamentos.
Mazzoca ressaltou que, devido a questões de temperatura e transporte, a unidade móvel não pode produzir esses hemocomponentes extras. Portanto, apenas cerca da metade do sangue coletado na unidade móvel é aproveitado. Em contraste, as doações diretas no hemocentro permitem que todos os quatro hemocomponentes sejam produzidos a partir de uma única doação.
A demanda por sangue e hemocomponentes tem crescido, especialmente para pacientes oncológicos, tornando crucial manter um fluxo constante de doadores no hemocentro. Alexandra Mazzoca enfatizou que o objetivo é manter pelo menos 70 doações diárias no hemocentro para atender a essa crescente demanda.
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