Diretor da Federarroz critica importação do grão: "crime contra a economia nacional"
Baixar ÁudioBelloni argumentou que as perdas não comprometem o abastecimento nacional
Em entrevista à Tua Rádio Cacique, Anderson Belloni, diretor jurídico e executivo da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), expressou forte contrariedade à importação de arroz pelo governo federal. Belloni destacou que a medida é injustificável e prejudicial, especialmente em um momento que o setor enfrenta desafios de recuperação devido às enchentes de maio.
Desde o início do mês passado, Belloni e outros representantes da Federarroz têm dialogado com o governo federal para demonstrar que não há necessidade de importar arroz. "Essas importações, que podem reduzir a safra de arroz para os próximos anos no Brasil e no Rio Grande do Sul, são um desestímulo. É um crime contra a economia nacional", afirmou Belloni. Segundo ele, não há risco de desabastecimento do grão no Brasil, e a produção deste ano foi maior do que a do ano passado, mesmo com as perdas causadas pelas enchentes.
Belloni argumentou que as perdas não comprometem o abastecimento nacional, dado que o Rio Grande do Sul é responsável por 70% da produção de arroz do Brasil e a safra nacional aumentou em comparação ao ano anterior. Ele alertou que a importação de arroz pode levar ao aumento dos preços ao consumidor no longo prazo, além de prejudicar pequenos produtores que já estão enfrentando dificuldades. Para o diretor, a decisão de importar arroz é equivocada e desorganiza o mercado.
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