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Região de Lagoa Vermelha tem caso de mormo aguardando exame de confirmação

por Rudimar Galvan

Três propriedades rurais estão isoladas

A confirmação foi feita pela Inspetoria Veterinária e Zootécnica de Lagoa Vermelha. Um cavalo, adquirido em Santa Catarina apresentou um teste positivo para a doença do mormo. Há três meses o animal havia feito o teste e negativado. Nesta semana outro teste apontou como positivo para a doença. Segundo a IVZ o teste de confirmação foi realizado no município de São Jorge.

Neste período de trânsito, o animal que é de propriedade de um morador de Tupanci do Sul, esteve em Lagoa Vermelha e hoje está em uma propriedade do município de São Jorge. As três propriedades e o animal estão isolados, até que seja feito um novo teste para a confirmação da doença.

O material já foi coletado e encaminhado para análise em Pernambuco, sendo que o resultado dessa segunda análise, que vai confirmar ou não a doença, deve estar concluído em no máximos duas semanas. Em caso de confirmação da doença, a IVZ deve adotar medidas de controle na região, inclusive com o abate do animal.

Os profissionais da Inspetoria alertam os criadores sobre a importância de manter em dia as guias de transporte animal, pois somente assim se saberá por onde os animais passaram, para que uma ação futura e necessária seja mais eficiente em caso de confirmação da doença.

O Mormo ou lamparão, é uma doença infecto-contagiosa dos equídeos, que pode ser transmitida ao homem e também a outros animais. Manifesta-se por um corrimento viscoso nas narinas e a presença de nódulos subcutâneos, nas mucosas nasais, nos pulmões, gânglios linfáticos, pneumonia, etc. Os animais contraem o mormo pelo contato com material infectante do doente: pús; secreção nasal; urina ou fezes.

SINTOMAS: Os sintomas mais comuns são a presença de nódulos nas mucosas nasais, nos pulmões, gânglios linfáticos, catarro e pneumonia. A forma aguda é caracterizada por febre de 42ºC, fraqueza e prostração; pústulas na mucosa nasal que se transformam em úlceras profundas com uma secreção, inicialmente amarelada e depois sanguinolenta; intumescimento ganglionar e dispnéia.

CONTAMINAÇÃO: Acontece pelo contato com material infectante (pus, secreção nasal, urina ou fezes). O agente penetra por via digestiva, respiratória, genital ou cutânea (por lesão). O germe cai na circulação sanguínea e depois alcança os órgãos, principalmente pulmões e fígado.

TRATAMENTO: O mormo apresenta forma crônica ou aguda, esta mais freqüente nos asininos. Os animais suspeitos devem ser isolados e submetidos à prova complementar de maleina, sendo realizada e interpretada por um veterinário do serviço oficial. A mortalidade dessa doença é muito alta.

Atenção: Devem ser realizadas as seguintes medidas:

  • Notificação imediata à Defesa Sanitária
  • Isolamento da área da infecção e isolamento dos animais suspeitos
  • Sacrifício dos que reagiram positivamente à mesma prova de maleína
  • Cremação dos cadáveres no próprio local e desinfecção de todo o material que esteve em contato com eles
  • Desinfecção rigorosa dos alojamentos
  • Suspensão das medidas profiláticas somente 120 dias após o último caso constatado. 
  • Bloqueio e suspensão do trânsito animal da propriedade

 

 

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