A crescente importância do crédito rural para o desenvolvimento do setor agrícola, movimenta as cadeias da produção, e desperta dúvidas de agricultores que procuram encaminhar os projetos às instituições financeiras. O engenheiro agrônomo João Minozzo, da Minozzo Consultoria e Assessoria, explicou que é necessário que os produtores apresentem uma série de documentos para conseguir a liberação de crédito. Ouça a entrevista e saiba mais. 

As taxas de juros para o crédito rural são geralmente mais vantajosas em comparação com a taxa Selic. Existem três faixas de enquadramento para os produtores: o Pronaf, para propriedades de até 100 hectares com renda bruta anual de até R$ 500 mil, com taxa de juros de 6%; o Pronamp, para médios produtores com renda bruta anual de até R$ 3 milhões, com taxa de juros de 8%; e os demais produtores, que têm taxa de 12%.

Os documentos necessários incluem a matrícula da área, que comprova a propriedade da terra, o Cadastro Ambiental Rural (CAR), que se tornou obrigatório, o Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR), e o Certificado de Cadastro de Imóvel Rural (CCIR), que comprova a regularidade do imóvel. A técnica em agropecuária, Débora Godinho, informou que caso o proprietário possua terras arrendadas, também é necessário apresentar a anuência ou o contrato de arrendamento. 

Minozzo enfatizou a importância de um alinhamento entre o projetista, a empresa técnica e o banco. O banco precisa aprovar a viabilidade inicial para compor a capacidade de pagamento e outras condições. O plano safra abrange diversas culturas, incluindo soja, milho e feijão no verão, e trigo, cevada e aveia no inverno, além de investimentos em pecuária e aquisição de animais. 

A liberação do crédito depende da instituição financeira, mas geralmente é feita em parcela única na conta do produtor, com uma estimativa detalhada de uso dos recursos e prazos definidos.