Produtores de trigo do RS poderão vender até 200 mil toneladas do cereal para a Conab
Baixar ÁudioCada produtor poderá vender até 1.800 sacas do cereal
Os produtores de trigo do Rio Grande do Sul têm uma nova oportunidade de vender até 200 mil toneladas de trigo ao Governo Federal, sob o mecanismo de Aquisição do Governo Federal (AGF). A iniciativa, anunciada na quinta-feira, 07/11, terá execução pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e um orçamento de R$ 261 milhões. Com essa medida, o governo busca apoiar produtores cuja remuneração pelo grão está abaixo do preço mínimo oficial, que é de R$ 78,51 para a saca de 60 quilos, enquanto o valor de mercado no estado gira em torno de R$ 67,11.
O AGF, uma ferramenta usada pela Conab quando o preço de um produto agrícola fica abaixo do mínimo, permite ao governo adquirir o grão e formar estoques públicos. O presidente da Conab, Edegar Pretto, expressou que quando o preço aumentar em uma determinada região, a Conab terá a possibilidade de usar o trigo armazenado para estabilizar o valor ao consumidor. No ano passado, a Conab realizou ações similares com o milho na região Centro-Oeste.
Além do impacto imediato para os produtores, a medida também favorece o consumidor final, já que a Conab poderá atuar na regulação de preços se houver uma disparada nos valores do trigo em certas áreas.
Funcionamento
Para participar da operação, os agricultores precisam estar cadastrados no Sistema de Cadastro Nacional de Produtores Rurais (Sican). Aqueles que ainda não possuem registro devem procurar a Superintendência da Conab no RS, que pode ser contatada pelo telefone (51) 3314-4160, para orientação no preenchimento dos formulários e no processo de registro. Após o cadastro, é necessário protocolar uma “intenção de venda”, informando a quantidade a ser comercializada. A Conab, então, indicará o depósito autorizado para a entrega do produto.
Cada produtor poderá vender até 1.800 sacas de trigo. De acordo com Pretto, a política pretende assegurar o suporte aos produtores rurais e contribuir para a estabilidade do mercado de trigo no país, que atualmente depende do Rio Grande do Sul para cerca de 51% da produção nacional. Estima-se que o Brasil consome cerca de 60% de todo o trigo que produz internamente.
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