A safra de trigo em 2024 está sendo considerada promissora para os produtores de Lagoa Vermelha e região. Marcos Bombassaro, administrador de sete unidades da Agrozem, informou que, ao contrário de outras regiões do estado, os agricultores dos Campos de Cima da Serra escaparam de grandes prejuízos das chuvas intensas que afetaram diversas áreas do Rio Grande do Sul. Segundo ele, o plantio mais tardio na região de Lagoa Vermelha, Vacaria e Esmeralda permitiu que as lavouras se desenvolvessem de forma satisfatória.

A expectativa é de que a safra de trigo tenha um aumento de produtividade entre 55% e 60% em relação ao ano passado, conforme estimativas dos órgãos oficiais. Bombassaro afirmou que a qualidade do trigo em 2023 foi ruim, mas as condições deste ano são muito mais favoráveis. Ele ressaltou que, devido ao preço competitivo do trigo e da aveia, muitos produtores estão optando por maximizar o plantio de culturas de inverno, que se mostram tão rentáveis quanto a soja no verão.

Enquanto outras áreas, como a Campanha e a Fronteira, sofreram com o grande volume de chuva registrado no mês de maio, a atual safra de trigo na região segue dentro da normalidade. As lavouras bem conduzidas, juntamente com o clima e a altitude favoráveis, têm contribuído para uma produção de alta qualidade. Bombassaro ressaltou que o trigo da região é considerado diferenciado, sendo procurado por moinhos para misturas com trigos de outras regiões, a fim de obter uma melhor qualidade de farinha.

Ele também mencionou que a produção de inverno, concentrada principalmente no Rio Grande do Sul e Paraná, foi prejudicada em algumas áreas paranaenses, onde a estiagem e as geadas fortes impactaram as lavouras. No entanto, no RS, as geadas ocorreram dentro do período esperado e não afetaram a produção. Com uma capacidade estática de aproximadamente 2 milhões de sacas, a Agrozem espera que a boa qualidade do trigo e a expectativa de bons preços garantam uma safra lucrativa para os produtores da região.