Farsul define pauta de ações para minimizar efeitos da seca no Estado
Baixar ÁudioUm dos vice-presidentes da Farsul Cesar Vieira disse durante entrevista no Temática desta quinta-feira,03/03, que se optou por dois caminhos para buscar recursos para atender as demandas do setor.
Foto: Gerson Raugust / Divulgação
Os reflexos da seca na economia do estado e as medidas necessárias para mitigar esses impactos foram discutidos sede da Farsul. O encontro, que teve formato híbrido, contou com a participação do Governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, parlamentares federais e estaduais, prefeitos, presidentes de sindicatos rurais e representantes de entidades representativas do setor.
O presidente do Sistema Farsul, Gedeão Pereira, abriu o encontro lamentando o atual cenário após uma safra anterior exitosa. "Ano passado alcançamos o posto de segundo estado produtor de alimentos, neste devemos cair para quarto", avaliou. "Temos que negociar para reduzir as perdas e ainda teremos um Plano Safra reduzido. Além disso, os custos aumentaram 50% e agora a Rússia invade a Ucrânia podendo impactar nos preços dos fertilizantes", completou.
Gedeão considera que a safra de inverno possa ser favorecida pelas previsões de uma manutenção do fenômeno climático La Niña até o final do ano. Além disso, o surgimento de um conflito no Leste Europeu pode impactar no preço do trigo. "Porém, temos que encontrar um caminho para que o agricultor se mantenha viável", disse.
O economista-Chefe do Farsul, Antônio da Luz, apresentou um levantamento feito pela Federação sobre o impacto da estiagem na economia gaúcha. "Este choque vai reverberando em toda economia. Dos 67 anos setores que a formam, 63 são afetados diretamente. A perda equivale a 4,31 vezes a capacidade de armazenamento da Fecoagro. No total, serão R$ 115,7 bi a menos, uma queda de 8% do PIB sendo", explicou.
Um dos vice-presidentes da Farsul Cesar Vieira disse durante entrevista no Temática desta quinta-feira,03/03, que se optou dois caminhos para buscar recursos para atender as demandas do setor. O primeiro é sensibilizar o relator do Orçamento Geral da União deputado Hugo Leal a realocar recursos para o crédito rural no valor de R$ 5 bilhões. O segundo seria a edição de uma Medida Provisória pelo Presidente da República criando um crédito suplementar para atender essa demanda. A Farsul ainda propõe alongamento dos prazos dos financiamentos bancários.
Ouça a entrevista.
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