Lamparina que vem iluminar, os tristes caminhos que ali vieram te alcançar...resquícios de luz que dos antepassados distantes seguem teu caminhar, iluminaram os meus e hoje também o teu andar. Mostram que a luz deles continua a nos acompanhar...

São a inspiração, a coragem, a determinação que permanecem a nos conduzir. A lembrança do que distante ficou reforça o persistir e resgata a alegria da alma que veio um dia te alcançar.

Ou, esgueira atônito na própria escuridão a achar o norte, a direção... Anseio que te desacomode e que você passa ir além do que consigas enxergar...

Cultiva em ti tudo que deixou algum registro distante, ou que com a procura conseguiu suprimir as ausências sentidas.  Aprende a escutar, aprende a se escutar. São os segredos da alma a se revelar...

Refúgio que envolve e acalenta, pode se fazer notar... É jardim florido ou seca inerte, plantio ou colheita, força e paz, que advém do intenso porão a nos suplantar...

Alma que de olhos abertos segue presente. Por vezes sábia, outras mostra-se indomável a se resgatar...

Regenera a alma, através da porta profunda, da criança escondida em ti, para adentrar...

É nessa procura que se ensaia a vida, assim reflete o poema, num suave ressoar dentro do ser a se resgatar.

Cultiva a alma nesses labirintos que te escondes, refúgios sem fim, que necessita acesso para se salvaguardar...