Saudades do céu
Andando em uma calçada, ouvi por acaso a expressão “saudades do céu”, que chegou não só aos meus ouvidos, mas ao meu coração. Conectei-a com o que ela representava para mim naquele momento.
Céu de quem? Meu, teu ou nosso? Quem constrói esse céu? Que jeito ele tem e como se constitui? Em meio a tantas direções, refleti sobre qual caminho deveria seguir...
Saudades de bem-estar, de me sentir confortado, de algo conhecido, imaginado, sentido ou almejado ou simplesmente saudades de algo que me recoloca dentro de mim, um útero para me reacomodar, repousar em alguém: Deus!
Ser amparado de um novo modo – não conhecido até então –, confiar minhas dores, angústias e solidões de toda uma vida e vê-las transformarem-se de história vivida em quem sou hoje.
Nesse movimento percebe-se que muita gente sem conhecer, e sem conseguir imaginar, tem saudades... Saudades do céu... Saudades de um lugar idealizado nas suas melhores divagações. Saudades de um lugar que remete à amplitude, ao conforto, à tranquilidade, à comunhão consigo mesmo e com o universo – é preciso algo mais para descansar?
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