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Por que ficamos tão tristes?

Neusa Picolli Fante

Acordou naquele dia conversando com a sua tristeza...Como ele dizia, era dele e por isso não saia de dentro dele. Era uma tristeza que volta ou outra se fazia presente. Quando menos imaginava, quando estava distraído, quando não percebia que ela se aproximava, lá estava ela ocupando todos os espaços dos seus sentimentos e pensamentos, sufocando-o em si.

Às vezes a tristeza bate à porta, o desânimo é tanto que nem queremos ver de onde vem essa tristeza, muito menos tentar compreendê-la ou redirecioná-la.

O fato é que aprendemos a ser tristes ou alegres, a termos o sorriso estampado no rosto ou lamurias que não param de chegar a nos impactar. No entanto, precisamos ter claro que sempre podemos nos abrir para novos aprendizados, novas possibilidades, para novas formas de ser...

Basta que peguemos pela mão o que nos aflige e seguimos numa busca por mudança honesta, determinada e tranquila. Não mais nos abatendo nos percalços do caminho.

Foi nesse andar que quanto mais naturalmente ele aprendeu a lidar com ela, entrava e saia com mais facilidade, com maior mobilidade e, assim, ele ia se modificando e menos dura, intensa, rígida ficava.

O mais importante é que uma conversa honesta com ele mesmo, sobre o assunto, teve início, potencializando-o para que procurasse ajuda...e acordasse a força da mudança que adormecida estava em si.

Quando você vai iniciar uma conversa franca consigo mesmo?

Sobre o autor

Neusa Picolli Fante

Psicóloga Clínica e Especialista em Teoria, Pesquisa e Intervenção em Luto. Graduada em Comunicação Social.  Autora do livro Caminho dos Girassóis: Uma abordagem sobre o luto, Dor sem Escuta, Entrelinhas da Vida, Quintais da Minha alma.

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