O velho e o novo a se misturar
Sentindo as ondas da praia vi o velho se misturar com o novo, e eu ali a me observar. O velho que já estava escrito, que estava imaginado, construído e o novo que se ensaiava, que florescia pouco a pouco no meu jardim.
As ideias, pensamentos e sentimentos pré concebidos, que não conseguiam se alargar, ali estavam pra mostrar as limitações daquele andar. Era um velho rígido, distante, que não sabia o que era inovar, e que necessitava se misturar. Aquele era um velho que não aprendeu a serenidade e o ampliar de uma feliz jornada, cheia de entendimento e de muito trabalhar... Foi ali que surgiu em mim a saudade do não vivido, o desejo de ter conseguido enxergar além do que me foi proposto, além do que me ensinaram, além da imensidão do mar...
Foi ali que o novo que já havia nascido, mostrou que também sabia andar, e fez eu me apaixonar pelas novas formas de ver e de conduzir meus passos...
Mas o que seria de mim sem o velho, para avaliar? Sem as raízes que até ali me haviam conduzido, e que agora poderia reavaliar?
Foi ali, naquele momento, que o passado e o presente se misturaram, tentando construir novas formas de ver, entrelaçaram-se os dois no meu futuro, e eu ali sempre a continuar...
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