Precisam sair do lamaçal juntos e de mãos dadas, para ter sentido o que viveram, para continuar o caminho, para seguir o que se determinaram realizar e, quem sabe, para resgatar a relação. Se sair um sozinho, não vão ficar juntos, não terá o “para sempre”, um vai ficar à margem do caminho, esquecido, não compreendido, para trás, perdido no lamaçal que a dupla estava, à margem, desamparado e desacompanhado...

Sim, a vida pregou uma peça, que você foi ator principal, coadjuvante, não importa. O primordial é que assuma sua vida daqui para frente e perceba que tudo isso que quer para si, e principalmente para si com o outro, que segue aparentemente ao teu lado, pode ser construído, sustentado... Ou pode desmoronar, mas também a relação pode se modificar, se fortalecer, e você pode viver uma relação como nunca imaginou...

 A escolha é sua, pode ficar estatelado no chão, pode seguir na contramão, pode parar, entrar em contato com o que sente, redefinir sua direção e seguir mais tranquilo, seguro, com a força da mudança gravada em seu interior. Pode ir ao encontro do outro, pode dar um passo para trás para o alcançar e seguir adiante, afinal parceria tem isso, às vezes é preciso esperar o amor que ficou perdido em alguma situação, em algum momento, em algum lugar. E isso não significa regredir, ou se atrasar é a força da restituição e da serenidade presentes em uma relação...

Uma coisa é certa, não é justo chorar sozinho se existe um par, se você pertence a uma dupla...se representa parte de um casal, não uma unidade...

Dificuldades são compreendidas juntos, são modificadas em conjunto, são atravessadas de mãos dadas, são edificadas em dupla... Essa é a força da vida ´presente no casal.