Eu sempre pensei e dividi com as pessoas do meu contato que se eu fui, sou uma boa mãe, minhas filhas vão ser muito melhor do que eu... E isso observo nas mães e nas filhas ao longo dos anos... Vale pra mim, pra minha mãe, pras minhas filhas, e lá vai futuras gerações, com base nos antepassados, aliviando pesos duramente carregados ao longo dos tempos.

Minha mãe deu o melhor que sabia, que tinha, que podia e eu absorvi o que chegou até mim, modificando o que julguei que necessitava aprimorar. Emendei com o que estava bom dela...Ela, com o que recebeu, fez bastante... Eu recebi mais do que ela recebeu e mesmo assim fui transformando...

Um filho remete a reavaliar o que é, o que sou – o que recebi e o que necessito transformar. Se não conseguimos mudar por nós, pelos nossos filhos, arregaçamos as mangas e nos envolvemos em profundas e significativas jornadas.

Isso, no entanto, não é regra, algumas coisas não acontecem exatamente assim, - se perdem e não podemos fazer nada para mudar... Ou, aprendemos quando já é tarde demais e não é fácil admitir que nos perdemos ou erramos – mas isso faz com que nos encontremos no caminho da transformação. Quanto mais honestos formos conosco e com nossos filhos, mais eles captam a essência de um viver sem meias palavras ou dúbias interpretações.

No entanto, torço pra elas – as minhas meninas adultas, serem melhores que eu fui, serem mais felizes, serem mais cuidadosas consigo, serem mais ... mais... mais... e jamais vou parar de desejar... que elas sejam mais.

Nesse pensamento, seguimos nos aprimorando no aprendizado de ser mãe...