Embargada de emoção a noite era minha companheira, as horas passavam e eu ali presente me apresentava para a noite. Formávamos boa parceria, eu e as horas, eu e a noite... singela emoção...

Não seja tão severa consigo, dizia uma voz em meu íntimo. É hora de você se tornar seu amigo e de se fortificar internamente. 

O tempo passava e eu procurava uma centelha de vida que há muito tempo não reconhecia em si. Mas, saber que existia ou que existiu outrora, me enchia de direção e me fazia querê-la novamente em mim. Desacomodou o amor que um dia sentiu – emoção...

O peito desatando os nós que ali se encontravam, seguia a se embalar num outro andar, mais leve, com um entendimento ampliado.

Era vida que pouco a pouco surgia, de um novo jeito, com um novo olhar, numa nova maneira de amar e principalmente de se amar.

O voo do condor que esgueira a felicidade passou ali tão perto de mim, agora conseguia entendê-lo e ao seu jeito de voar, e sentia a alegria a me invadir.

E assim seguia com a vida a viver dentro de mim.