Dores e aprendizados
Quantos aprendizados nos premiam grandes dores... Ou melhor, será que somos mesmo “premiados”? Ou pagamos tostão por tostão esse ampliar de consciência? Tentamos tanto assimilar, compreender o que brota das profundezas internas diante da dor imposta, que num primeiro momento não enxergamos...
Tenho observado algumas pessoas, conversado com outras tantas, e percebo a transformação da dor impressa nelas. Pessoas que, ao longo da vida, foram acometidas por grandes tragédias individuais, difíceis de lidar e direcionar.
Dor que precisa de sete anos para poder acalmar, enxergar diferente, dizem alguns. Outros relatam oito anos. Não são dia ou meses, mas longos anos e longos aprendizados que se arrastam, - isso quando há a disposição de aprender e enxergar diferente.
Conversa-se sozinha no silêncio da dor que se alastra. Briga-se com essa lacuna que nos parte em pedaços diante de novas mortificação. Pede-se a Deus por um lenitivo, para continuar na cegueira do não querer avançar, sentindo, inevitavelmente, um desamparo devastador.
Nesse momento de questionamento, imagino Deus nos olhando com um sorriso entre os lábios, com pensamento e sentimento que chegam até nós, dizendo: - “Você consegue e não tem dimensão de quanto pode crescer e se tornar especial”. E, sem saber que estamos sendo nutridos, em meio a todas as contradições nos acalmamos e seguimos rumo à transformação, não sendo mais os mesmos.
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