Despertando a criança esquecida
A criança que acordei, nesse momento passeava comigo, em longínquos lugares dentro de mim. Caminhávamos nos tempos esquecidos que ficaram guardados e agora resgatados. Pelas dores que vivi e pelos amores que construí me pus a passear...
Entrando na minha história, acolhi com um abraço amoroso essa criança que já não conhecia mais, dei as mãos para ajudá-la a ser como era, como eu lembrava dela, e como eu desejava que ela tivesse sido; acolhi-a por inteiro em mim.
A criança resgatava sonhos que viveu outrora, que concretizou ou não, enfileirava-os e olhava para eles, agora, com uma adulta perto de si, a adulta que era. Esses sonhos realizados ou não fizeram parte da sua vida, da sua história e delimitaram o seu futuro, eram a luz de quem era hoje...
Nessa conexão com quem fui, procurei entender quem era essa criança? Os medos que sentiu, as angústias escondidas, os sonhos que faziam seus olhos brilhar? Entrava em contato com as dores e as esperanças daquele tempo que voltava e que clareavam meu olhar e acalmavam meu coração.
A criança de outrora entrou em contato com as promessas feitas para si mesma. As pendentes que ficaram escondidas, por longo tempo, e que registradas permaneciam, esperando que alguém ou algo as resgatasse.
Olhei para a criança e resgatei sua história, seu passado, sua raiz por mais difícil que tenha sido e que ainda era... Tudo precisou ser revisto, e foi olhado. Desconstruiu bloqueios, entendeu a sua história e por fim se acolheu.
A criança esquecida começava a ser desperta...
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