A alma da vida
A alma da vida grita e permanece alerta. Insiste em estar presente, depois da resiliência que precisou garimpar, punhado por punhado, até num sereno bem estar se encontrar.
A alma pequena vai ao encontro da grande alma do universo, resgata pedaços, encontra essências, busca verdades, nutre-se de fragmentos mais amplos do que a limitada visão enxerga... mostra além...
É a mesma alma que ouve, relembra, vê e segue em direção ao sublime, à essência da vida que mora em cada um de nós.
Em muitos momentos, tenho consciência de que “Sei disso com a razão e não com o coração, por isso é tão difícil me soltar, falar, argumentar, me envolver, estar presente. Enfim, me encontrar.” Para isso preciso mergulhar um pouco mais profundamente em mim e no que ecoa em minha alma...
Sabia que existiam partes de mim contraditórias, diferentes. Uma que me nutre, outra que me atrofia, uma que me compreende, outra que me esvazia. Elas brigam por razões e me deixam sem saber muito bem o que fazer... Partes de um ser fragmentado, no mesmo todo que se forma, fortalecendo pensamento e sentimento, que se construíram ambivalentes. Partes dessa parcela interna que poderia mudar o rumo da minha vida, do meu destino, se estivesse menos dividido o meu ser. Para tanto, ambas precisavam estar unificadas. Adentrar no autoconhecimento era preciso para seguir modificando...
Acreditar e construir sua verdade diante do tempo que se mostra, às vezes escuro e sem sentido, é complexo. Que não entende, se atrapalha, quer diferente.
Será difícil! Será muito difícil! Mas você conseguirá falar o que precisa ser dito. Chorar, sorrir quando se fizer necessário. Conseguirá sentir de uma nova maneira. Reinscreverá sua vida. Direcionará sua história. Sim, você conseguirá!
Tudo isso é um constante movimento para recomeçar incansavelmente, sintonizando dentro de mim pensamento, sentimento e ação... A alma da vida viva.
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